sexta-feira, 11 de junho de 2010

Natação para cavalos

Natação para cavalos

A partir de mangueiras até piscinas, a água é a solução para o treinamento e reabilitação

CONSISTE DE TRÊS ÁTOMOS - dois de hidrogênio e um de oxigênio - unidos para formar uma molécula conhecida como água. Constituindo cerca de 70 por cento da massa celular em um ser vivo, a água é o elemento mais importante da dieta de um cavalo, que bebe normalmente 25 a 30 litros por dia.

A água é utilizada para a terapia como parte do treinamento e condicionamento físico dos cavalos. Conhecida como hidroterapia, pode variar desde regar com uma mangueira as extremidades do cavalo, até a prática da natação. Duas das mais comuns formas de exercícios aquáticos são colocar os cavalos a nadar em piscinas ou colocá-los a andar ou trotar em andadores submersos aquáticos, também conhecidos como hidrocintas para equinos.

"Isso é o bom da água: Ôs cavalos podem entrar e movimentar sem problemas", falou Deb Williams, treinador e gerente da Underwater Treadmill System. "Quando o animal distribui seu pêso (ao nadar ou ao utilizar o andador aquático submerso), não sentem dor já que não estão expostos a comoção e pressão de seu pêso nas articulações. Não encontramos contra indicação (com a hidroterapia)".

Pés na água

A forma mais antiga de hidroterapia baseada na imersão é a natação. Normalmente se realiza numa piscina com forma especial na qual o cavalo entra na água até uma área com profundidade acima de 3 metros, obrigando assim ao animal a nadar. A prática da natação para cavalos de corridas é algo comum desde os anos 70 e é utilizada por muitos treinadores.

Canterbury Park em Shakopee, Minnesota USA, recentemente instalou uma piscina na parte posterior de suas instalações. A piscina, que custou aproximadamente US $500.000,00, foi construída em atenção a muitas solicitações feitas pelos treinadores que têm cavalos alojados em Turf Paradise e hoje em dia utilizam muito a piscina da pista. A piscina Canterbury abriu suas portas para o público durante a reunião de 2005 e já superou as expectativas de uso, com mais de 60 cavalos cavalos por dia.

Em Canterbury Park , os cavalos entram por uma rampa ( à direita), nadam
por três a cinco voltas ao redor da piscina e saem pela rampa oposta (esquerda).


A piscina em forma oval tem cerca de 20 metros de comprimento e 10 metros de largura com rampas de cerca de 12 metros para a entrada e saída. Antes de entrar na piscina os cavalos são lavados com uma mangueira e seus cascos são limpos com limpa-cascos. O cavalariço encaixa um tubo de alumínio ao cabo do cabresto e o cavalo entra por uma das rampas, na piscina de cêrca de 3 metros de profundidade, nada de três a cinco voltas e sai pela outra rampa. Muitos cavalos têm um descanso e voltam para a piscina para outra série de exercícios.
Três voltas pela piscina, incluindo a entrada e a saída, equivalem a aproximadamente 260 metros, com cêrca de 60 metros a mais por cada volta adicional. A piscina contém cêrca de 500.000 litros de água , que são trocados continuamente por duas bombas d'água de 15 cavalos de fôrça.

A piscina é climatizada a 23°C e no verão sob o calor do sol, a temperatura atinge a 28°C.
"A hidroterapia dá ao treinador uma opção diferente para levar seus cavalos a pista" disse Mark Erickson, vice presidente das instalações Canterbury." Em vez de enviar seus cavalos à pista com jockey em seu dorso com todo esse pêso, agora se tem outra opção. Se seus cavalosestão 'sentidos' podemos levá-los a piscina para manter seus pulmões e músculos em forma, fora o fato de ser uma maneira de quebrar a rotina. E mantê-los frescos ajuda muito".

Com o pessoal da Minnesota HBPA (Horsemen's Benevolent and Protective Association), a piscina foi desenhada por Gremmer and Associates, uma empresa especializada em piscinas e foi construída por Agua Logic. O acessor Hank Mills do Turf Paradise ajudou com o desenho e com o treinamento de pessoal.
Kirsten Johnson e seu marido Hub, gerenciam o Kentucky Equine Sports Medicine and Rehabilitation Center em Versailles, Kentucky USA. Com mais de 20 anos de experiência na reabilitação equina, Johnson tem experiencia tanto com cavalos velozes quanto com cavalos de longas distâncias.

"A natação é passiva, sem movimentos de impactos", disse Kirsten Johnson. "É uma atividade mais cardiovascular e é boa para desenvolver a capacidade pulmonar. Do ponto de vista da respiração e trabalho cardíaco, e em comparação com Acquatred, a natação desenvolve muito mais trabalho físico".

Kirsten disse também que a piscina é um grande benefício para fazer com que o ar chegue aos pulmões do cavalo... Ela recomenda limitar o uso da piscina somente para alguns tipos de cavalos. Os cavalos nervosos ou recém domados é útil a piscina para dar condicionamento. "Eles não podem fazer outra coisa além de nadar", disse Kirsten "Isso que o cavalo por si não nada, não existe... êles nadam e se mantêm na superfície, ou afundam".

Devido ao completo trabalho físico que o cavalo recebe na piscina e a força que necessita ao movimentar os pés para manter- se na superfície, ela é cautelosa no que diz respeito ao uso da natação para certos cavalos.

Hidroterapia Tradicional

A hidroterapia consiste simplesmente em usar água para promover a cura e a maneira mais simples de fazer isso é usar uma mangueira para molhar a área com água fria. O regar com mangueira se usa para combater um trauma ou inflamação.

A inflamação é a resposta defensiva do corpo frente a uma destruição, que dilui ou provém de possíveis agentes irritantes.

O sintomas da inflamação incluem calor, inchaço e dor. Quando se apresenta uma lesão, diferentes enzimas e proteínas são liberadas, que fazem com o que o corpo envie ao local glóbulos brancos conhecidos como linfócitos, que em conjunto com outras substâncias reparadoras de tecido, começam a limpar e a reconstituir a área de tecido lesado. Sem dúvida, o processo pode demorar mas quando apresenta um grande edema (inchaço), que transtorna o processo de reparação fazendo com que a cura seja mais lenta.
Ao aplicar água fria em uma lesão recente pode provocar várias coisas.
Aplicar água fria ajuda a acelerar a ecuperação.

A nível celular, diminui a resposta metabólica das células. Também diminui a permeabilidade da parede dos vasos sanguíneos, reduzindo assim a quantidade de fluído que podem acumular. Outra consequência é o entumescimento da área, o qual diminui a dor.
O molhar com mangueira é mais benéfico quando se faz logo após a lesão para poder obter resposta a inflamação mais rápido possível.

Normalmente a água é aplicada por 20 minutos cada vez, com a maior frequência possível durante o dia. Se a lesão é uma ferida, o fluxo de água também pode ajudar a remover a crosta que se formou.

Outra forma seriam as bolsas de gêlo, que usualmente são colocadas com uma bota e podem envolver as patas dos cavalos, provocando uma aplicação concentrada de frio. Estas formas são mais eficazes quando se realizam sôbre a pele úmida e devem ser aplicadas durante 15 a 20 minutos cada vez.

A hidroterapia consiste simplesmente em usar água para promover a cura e a maneira mais simples de fazer isso é usar uma mangueira para molhar a área com água fria. O regar com mangueira se usa para combater um trauma ou inflamação.

A inflamação é a resposta defensiva do corpo frente a uma destruição, que dilui ou provém de possíveis agentes irritantes.

"Com os cavalos Quarto de Milha de corrida, é mais comum tratar dos curvilhões e lesões da parte inferior dos posteriores, já que esta área que gera a fôrça e o impulso", disse Kirsten Johnson. "A natação pode ser um pouco contraproducente se os cavalos apresentarem o lombo doloridos ou inchados, ou quadros que comprometam os curvilhões ou outras partes das extremidades dos posteriores".
Johnson enfatiza que a hidroterapia como meio de reabilitação, não deve ser utilizada sem a assistência veterinária e sempre como uma ferramenta terapêutica.

"A reabilitação com hidroterapia sempre deve ser usada acompanhada por assistência veterinária e um bom diagnótico do começo ao fim", disse ela. "O Aquatred é simplesmente um recurso para a recuperação do cavalo, e que facilita a cura, porém nunca deve ser usado sem acompanhamento veterinário e as instruções seguidas rigorosamente para o combate à dôr."

O hidro - hipódromo


Depois que êles acostumam com a piscina, a maioria dos
cavalos aprendem a desfrutar do prazer de estar na água.

Uma variação mais recente da terapia de imersão é o andador estático submerso, comumente chamado de "Aquatred", por ser o nome do produto. O cavalo é parcialmente submerso na piscina feita de fibra de vidro, com suas extremidades submersas, num andador fixo. O andador fixo é ligado fazendo com que o cavalo ande contra o movimento da água. O sistema foi desenhado para todo tipo de situações, desde a reabilitaçãoa até o treinamento para corridas. A movimentação que cria na água, beneficia o cavalo, já que reduz a fôrça exercida no seu corpo - ossos, articulações, tendões e ligamentos. O movimento contra a resistência exercida pela água é benéfico já que ajuda a desenvolver um bom sistema cárdio- vascular no cavalo.Deb Williams treina cavalos em companhia de seu marido e joquei Tim, em seu haras na cidade de Whitt, Texas - USA. Ela tem um andador submerso estacionário que utiliza intensamente, e entre seus pupilos frequentemente se encontra a potra de 2 anos Eyesa Shaker que foi treinada e corrida pelo casal conseguindo uma vitória no Heritage Place Futurity G1). Ela também utiliza o andador estático submerso para preparar o ganhador do G3, Sharkem Elvis, que ganhou mais de USA $142.000, durante sua campanha."No ano passado, êle ganhou cêrca de US$85.000,, correndo contra o melhor dos melhores", disse Deb. " Tudo que fiz foi enviar-lo à piscina. Êle não tinha outra coisa mais a fazer para coloca-lo a correr verdadeiramente".A piscina de 15 metros de comprimento tem uma rampa gradual em cada ponta com um andador hidráulico estático no fundo. A piscina tem também propulsores para agitar a água. O nível da água atinge cêrca de 1,5 metros de profundidade e pode ser ajustado de acordo com o tamanho de cada cavalo.

A temperatura da água se mantém fresca, usualmente entre 28 a 30°C no verão e um pouco menos no inverno. A profundidade da água varia dependendo do tamanho e quantidade de tecido adiposo (gordura) na massa corporal do cavalo.

A regra geral para a profundidade da água é aproximadamente de 10 cm abaixo da linha da cernelha, porém se o cavalo está mais gordo, o nível da água tem que ser abaixado para compensar a movimentação gerada pela gordura no corpo.

"Dessa maneira está distribuindo todo o seu pêso que pode distribuir, porém queremos que êle flutue", disse Williams, "Se êles flutuam, não tem nada que não o faça nadar, e cria um maior esforço".

O trabalho físico varia dependendo do estado físico e dos objetivos que se tenham para o cavalo, porém pode ser de 5 a 20 minutos. Williams prefere trabalhar gradualmente com um cavalo até atingir um trabalho físico com maior tempo.

"Pelo material que tenho lido sôbre pessoas e por minha experiência com as centenas de cavalos que tenho observado, parece ser mais benéfico melhorar o estado físico através de um trabalho mais prolongado" disse ela.

"Para reduzir a inflamação e reconstituir o sistema cardio-vascular, temos que colocá-los a exercitar por 20 minutos para fazer com que o coração trabalhe o tempo suficiente para recuperar-los".

O trabalho é feito bem calmo. Os cavalos podem trotar no andador estático submerso, porém a maior parte do trabalho é feito caminhando.

Johnson e Williams estão de acordo que apenas o caminhar normalmente é suficiente para preparar um cavalo inscrito para correr.

"Coloque- o num lugar com água até a paleta e faça com que mexa os membros caminhando com fôrça para frente", disse Johnson. "É assombroso (o esforço que o cavalo necessita fazer). Agora imagine que se voce achou que andar é bom, então trotar será melhor. O excesso não é bom para nada. Quando se trata de "Aquatred", a velocidade não é importante".

Williams está de acordo. Ela disse que os cavalos que estão em recuperação deveriam movimentar se, andando muito tranquilo. Os cavalos em treinamento para corrida aumenta-se o passo para caminhar mais rápido, que vai dar mais músculo e mais trabalho cardio-vascular, em comparação ao trotar.



A limpeza é muito importante antes do cavalo entrar na piscina ou no andador estacionário submerso. O cavalo deverá ser escovado e lavado, os cascos devem ser limpos com limpa-cascos antes de entrar.


Os cavalos de corrida em treinamento não são os únicos que podem beneficiar-se do exercício no andador estático submerso. Os produtos sobreano que estão sendo preparados para as vendas, como também bovinos de cria, que também podem adquirir massa muscular ao utilizar o andador estático submerso.

Williams cita um reprodutor que ela ajudou, pois seu índice de fertilidade tinha caído a quase zero "Colocamos alí todos os dias", conta ela." Êle se refrescou, se acalmou, melhorou e se colocou em forma, e seu esperma alcançou sifras altíssimas. O bom estado físico não é somente para quando está no plano de treinamento, mas sim ser um melhor reprodutor ou uma melhor mãe. Quando pratico exercício meu corpo trabalha e funciona melhor, e sou um ser vivo mais saudável".

Também pode ajudar aos cavalos que tenham passado do' ponto' por excesso de exercício
"Os cavalos se sentem muito bem no Aquatrend", disse Johnson rindo."Êles começam a brincar na água com o lábio inferior, jogam água em si mesmo e ficam muito soltos. Ficam muito alegres pois descobrem que não doi e podem fazer seu exercício sem tensão".

"Quando colocamos cavalos doídos, tristes e muito cansados ", disse Williams." Êles entram e depois de três ou quatro dias, seu comportamento muda por completo. Nota-se o prazer dêles em estar alí".

"Isto é o ideal para alguns cavalos (mais velhos) de corrida. O cavalo entra alí por 20 minutos gasta toda sua energia sem prejudicar suas velhas articulações, que são as últimas a serem pressionadas.Êles se sentem mais contentes que um cachorro com dois rabos, pois sua cabeça e seu corpo estão exercitando e assim, não fica preocupado com o exercício. É muito bom para sua cabeça".

Como fazer para colocá-los n'água


Alguns cavalos 'negam' ao entrar na piscina ou no andador estacionário submerso

Temos que compreender que a água não é um meio natural dos cavalos. E convencer alguns dêles que podem entrar e na realidade entrar e sobreviver, exige inteligência. Porém como ocorre com o treinamento de qualquer cavalo, a paciência é a chave."O processo todo exige que se faça com muita suavidade, facilidade e calma", disse Williams. "Nenhum cavalo entra alí rapidamente".Quando no início, para colocar um cavalo no caminhador estático submerso, Williams primeiro se assegura de que o cavalo está devidamente limpo, ou seja escovado e banhado para prevenir a contaminação da água da piscina. Ela leva o cavalo até bem perto e para. Depois faz um agrado, olha para o cavalo e tenta convencê-lo acalmando-o.Se o cavalo recusa a entrar, auxiliares utilizam a rampa para diminuir o movimento e uma porta móvel para fazer com que êle ande pouco a pouco.Não se recomenda mas para os cavalos mais difíceis, pode-se usar tranquilizantes." A verdade é que ninguém gosta de fazê-lo (usar tranquilizantes)", disse ela."Nós nos sentimos de conciência pesada pelo que fizemos no dia anterior e depois que os cavalos estiverem alí não vamos obter nenhum esforço físico por parte dêles".Alguns cavalos entram imediatamente, entretanto outros começam a andar pela borda da piscina e depois pulam na água."As raras vêzes que os cavalos fizeram isso, dissemos "Deus meu, vamos ter que tranquilizar todos". Entretanto um amigo nosso disse "Êles simplesmente estão se lançando na água, Qual é o seu problema com isso?, foi quando me dei conta de que estava certo. Na realidade isso não tem nada de mal".Depois que o cavalo está dentro da piscina, devemos ser muito cuidadosos ao usar o sistema como treinamento. Alguns se encontram mais tensos do que outros, porém o cavalo deverá ser acalmado antes da máquina começar a funcionar. O cavalo também deverá ser retirado antes que atinja a fadiga pela tensão ou pelo exercício.

O custo do Benefício

O andador estático submerso é um investimento que pode tornar-se alto.Todo o conjunto, a piscina e o andador estático suberso podem custar aproximadamente US$50.000. Somando-se a parte de 6 x 25 metros de porção cimentada para a construção e a infra estrutura elétrica o prêço pode atingir facilmente US$100.000.O quê é mais importante lembrar para alguém que está pretendendo instalar um andador submerso estacionário?"Treine seu pessoal ", disse Williams;"Isto é algo muito muito importante. Contrate uma pessoa capacitada que ensine o uso adequado do andador submerso estacionário e como utilizar seu sistema de filtragem. As pessoas (sem treinamento) pressionam demais os cavalos. Êles pensam porque os cavalos estão distribuindo seu pêso na água, podem exigir que realizem três vêzes mais o exercício, que fariam andando normalmente. A verdade é que os cavalos estão expostos à resistência da água e ao cansaço pelo esforço. Pode-se causar muito dano se não tiver o devido cuidado".Johnson disse que, em especial no caso dos cavalos com mais idade, um cavalo de corridas pode obter no andador estático, todo exercício físico que necessita."Eu acredito que precisamos entender o uso da hidroterapia para manter o bom estado em um cavalo por um tempo maior" disse Johnson. "Cada cavalo tem tantas corridas quanto programamos. Se puder manter seu cavalo em um bom estado físico e com um bom nível de preparação leve até o limite ideal e depois utilize a hidroterapia para mantê-lo"."Se um cavalo tem competido em um nível alto, só existe uma coisa que pode detê-lo" continua ela falando " Que o cavalo não se aborreça com seu exercício, nem perca o gosto de correr nem regrida de estado. Há somente uma coisa que pode deter um bom cavalo com desempenho e essa coisa se chama dôr.Ponto. Se alguém tira a dôr, o cavalo responderá com o coração e com sua alma, e ninguém terá que ficar tirando a dôr com medicamentos. Se você tem um cavalo com dôr , pare, pense e coloque-o na água, Mantenha-o em boa condição física e preparado, nunca deixe chegar a um ponto que tenha dôr que já não possa realizar nunca mais o seu trabalho, ou você terá que tomar a difícil decisão de colocá-lo a dormir".

quinta-feira, 3 de junho de 2010

Alimentação

Sistema de Alimentação Protegida do tipo I

O potro é separado da mãe na hora de se alimentar.
Este tipo, conforme mostram as ilustrações, nada mais é do que um cocho sob uma área coberta, cujas entradas têm um tamanho suficiente apenas para os potros e não para as éguas. Deve ser localizado num local em que as éguas normalmente se reúnem, tal como perto de áreas sombreadas ou próximo ao cocho de mineral. Pode ser instalado de tal forma que serve a mais de um piquete.
Esta unidade, com 48 m2 de área, servirá para 24 potros comerem de uma só vez, usando ambos os lados do cocho. Obviamente, poderá ser construído em tamanho maior ou menor, sempre considerando-se que o cercado deverá ter suas medidas baseadas em 2 m2 de área para cada cabeça.
O equipamento necessário para este tipo de comedouro protegido é:

Cocho: à base de 20 cm lineares por cabeça, com acesso para ambos os lados. Construa o cocho com cantos arredondados para evitar contusões nos potros.
Água: os animais deverão ter acesso a água limpa e fresca.








Observações


Em área muito chuvosas, os comedouros poderão ser cobertos, assim evitando-se que a ração fique molhada e se estrague. Decidindo-se construir os comedouros sem cobertura, isto lhe dará a vantagem de poder mudá-los facilmente de um piquete para outro; entretanto, neste caso, o alimento deverá ser administrado de 2 a 3 vezes ao dia.Sistema de Alimentação Protegida do tipo II

Este comedouro permite que o potro e a mãe alimentem-se um ao lado do outro, mas sem que a égua possa comer o alimento da cria e vice-versa. Este comedouro, conforme mostra as ilustrações, é composto, basicamente, de dois cochos separados internamente por uma tábua; o lado que caberá ao potro tem uma grade metálica, com barras distanciadas entre si, de tal maneira que a boca da égua não poderá passar entre elas. A grade deverá ser colocada de tal forma que possa ser levantada para que, debaixo dela, o alimento possa ser espalhado uniformemente, possibilitando maior facilidade de limpeza.













Por sua vez, o nível do alimento da égua, conforme mostram as figuras, deverá ficar mais baixo, para que o potro não possa alcançar.O equipamento necessário é o seguinte:Cocho: conforme descrito. Cuide para que os cantos do cocho sejam arredondados, para evitar que os potros se machuquem. Água: os animais sempre deverão ter acesso a água limpa e fresca. As figuras mostram um ‘módulo' deste comedouro, suficiente para uma égua e uma cria, comendo de um só lado. Obviamente, o criador poderá construi-los de forma linear, tantos quantos forem necessários. Conforme a posição em que forem colocados, esses comedouros poderão ser aproveitados dos dois lados, mantendo-se a mesma largura de 0,60 m. Este interessante sistema possibilita o desmame aos 3 meses de idade, fazendo com que as éguas volte mais cedo à atividade. Entretanto, para isso, é imprescindível que o potro já esteja comendo bem o nutrimento, e que continue sendo alimentado conforme o Programa Purina de Alimentação. peza.Para um melhor desenvolvimento dos potros: Alimentação correta


Primeira fonte de nutrientes: leite materno
Para o potro lactente, a primeira fonte natural de alimento é o leite materno. Uma égua em início de lactação, dependendo da raça, produz até 5% do seu peso de leite por dia. Em média, durante a lactação, um total de 10 a 15 kg de leite por dia. Uma alimentação, apenas com base no leite da mãe, é problemática, por ser difícil determinar a quantidade de leite que ela está produzindo num dado momento, e se essa quantidade é suficiente para as necessidades nutricionais do potro. Mesmo que a égua e a cria estejam andando juntas, isto não indica que o potrinho ainda esteja mamando. Leve em conta que muitas éguas podem suprir totalmente os nutrientes exigidos pelas crias, mesmo no pico de sua produção de leite. O gráfico ao ladomostra a energia fornecida pelo leite da égua e a energia exigida pelo potro.






Logo após o parto, a égua proporciona aproximadamente 7.000 kcal de energia digestível, alcançando 8.000 kcal no 3º mês e declinando a partir dali até 0 (zero) no 8º mês. O potro precisa de aproximadamente 6.000 calorias diárias de energia digestível, logo nos primeiros dias de vida. Tal necessidade aumenta rapidamente para 8.500 kcal no fim 1º mês de vida; neste período, a energia exigida pelo potro - linha contínua no gráfico - começa a exceder a quantidade fornecida pelo leite materno - linha pontilhada no gráfico. As exigências energéticas do potro aumentam de forma gradual, chegando a 18.000 kcal de energia digestível por dia aos 14 meses aproximadamente. Logo aos 6 meses de idade o potrinho poderá apresentar severas deficiências de proteínas, vitaminas e minerais, se a fonte de alimentação for apenas o leite .

Segunda fonte de nutrientes: forragens

A forragem é também importante, pois pasto verde ou feno de qualidade são boas fontes de nutrientes. O único problema é que o estômago do potrinho lactente é pequeno demais para receber quantidades suficientes dessas forragens. Por outro lado, pasto e/ou feno, por melhor que seja, não contém um balanço apropriado de nutrientes para a adequada nutrição do potrinho.

Terceira fonte de nutrientes: Potrina Creeper

Completar a alimentação do potro com um nutrimento balanceado é fundamental para fornecer-lhe as quantidades de nutrientes que o leite materno e a forragem não suprem.E, em nutrimento balanceado, a palavra é Purina.Deve-se iniciar os potros com Potrina Creeper e, após 3 meses de idade, passar para o produto Potrina Junior, seguindo o Programa Purina de Alimentação

Desmame


[Dia]consumo de alimento pela égua (kg/dia) Consumo de alimento pela cria (kg/dia)
[1] 13 1,6
[2] 12,5 1,6
[3] 12,0 1,7
[4] 11,0 1,7
[5] 10,0 1,8
[6] 9,0 2,0
[7] 8,0 2,0
[8] 7,0 2,0
[9] 6,5 2,2
[10] 6,5 2,2
[11] 6,5 2,2
[12] 6,5 2,4
[13] 6,5 2,4
[14] 6,5 2,5
[15] 6,5 2,7
O programa de desmame desenvolvido no Centro de Pesquisa de Eqüinos da Purina inicia-se quando as crias têm a idade de 3 meses. A égua e a cria são mantidas em conjunto, mas alimentadas separadamente. O consumo de alimentos, por parte da égua, é gradualmente reduzido, ao passo que o da cria é geralmente aumentado, num período de 2 semanas, como segue na Tabela em cima.


Idade da Cria (meses) Peso medio (kg)

1
70 - 80
2 1 00 - 110

3
130 - 140

4 160 - 170

5 170 -180

6 190 - 200


7 210 - 220

8 220 - 230


9 240 - 250

10 260 - 270

11 280 - 290


12 300 - 310

13 320 - 330

14 340 - 350

15 360 - 370

16 390 - 400

17 420 - 430

18 440 - 450


Ao final de duas semanas, normalmente a égua cessou a produção de leite e é removida para uma área separada, deixando-se a cria desmamada na mesma área, como o mesmo suprimento alimentar, diminuindo assim o ‘stress' da desmama. O potro desmamado não deve ficar só. Se necessário, o programa permite desmame natural à medida que diminui o suprimento de leite da égua, enquanto aumenta-se o consumo de alimento seco por parte da cria, deixando-se, eventualmente, a cria totalmente independente da égua. Isto reduz o tempo de desmame e faz com que o potrinho ganhe peso devido a uma boa alimentação e um mínimo de tensão.Um potro alimentado no Programa Purina, dependendo dopeso ao nascer e raça, deve ter um desenvolvimento como mostra a Tabela em cima.

Alimentando o Potro

Embora o leite seja o alimento "perfeito" para o potro recém-nascido, a sua produção não pode ser sustentada o bastante para que o potro cresça só à base de leite. Mesmo já entre a quarta e sexta semanas de idade, o potro não pode depender totalmente do leite de égua para a sua nutrição, pois é difícil determinar quanto de leite essa égua está realmente produzindo.

Algumas éguas produzem leite suficiente para satisfazer às exigências de suas crias até 2 ou 3 meses de idade, mas muitas não conseguem esta produção. Se a sua suposição estiver errada, o potro pode sofrer deficiências nutricionais que comprometem o seu desenvolvimento físico, o que é um efeito irreversível.
As necessidades de energia do potro lactente são muitos altas devido ao seu rápido crescimento. Uma ração balanceada em proteínas, em energia, vitaminas e minerais é super importante para o total desenvolvimento do potro. Os minerais, especialmente o cálcio e o fósforo, são responsáveis pela formação e endurecimento dos ossos - tão importantes para o cavalo - independente do tipo de atividade que ele irá exercer.

Além do leite, as outras fontes naturais de alimento para o potro são o feno e o pasto. Essas fontes podem preencher algumas necessidades do cavalo em crescimento, mas o potro não é capaz de digerir totalmente as forragens e nem o feno.

O potro lactente necessita de um alimento especialmente formulado que preencha todas suas exigências nutricionais em proteína e energia, além de níveis adequados de cálcio e fósforo, microelementos, vitaminas e principalmente de lisina. Este alimento especial é conhecido como "creep feed", é colocado em um cocho onde apenas o potro tem acesso. Este comedouro protegido foi desenhado para dar ao potro livre acesso ao alimento, enquanto impede os animais adultos de consumirem a ração do potro. Potrina Creeper é a ração Purina especialmente formulada para os potros e é apresentada na forma de pellets.

Os potros devem iniciar-se na alimentação protegida já a partir de 7 dias de idade, mesmo que eles continuem a obter a maior parte de seus nutrientes do leite da égua. O potro sadio vai aumentado o seu consumo de ração à medida que vai aumentando o seu apetite, bem como seu treinamento em ingerir alimentos sólidos.

O potro pode ser desmamado aos 3 meses de idade sem nenhum problema. Se ele inicia desde cedo na alimentação protegida (creep feed), o desmame ocorre sem o período de stress. É importante ter a certeza de que o potro recém-desmamado não tenha uma abrupta queda no consumo de nutrientes. O objetivo deve ser que o potro continue o seu crescimento sem interrupção e que ele obtenha todos os nutrientes de que necessite, de tal forma que não se torne subnutrido.

Aos dois anos de idade, os músculos dos cavalos já estão totalmente formados. Isto significa que o consumo de proteínas pode ser reduzido a um nível suficiente para a manutenção dos músculos. Os ossos em crescimento que exigiram relativamente grande quantidades de cálcio e fósforo também já completaram seu desenvolvimento, diminuindo assim a exigência do cavalo jovem em relação aos minerais.

Potro em Crescimento

Os Produtos Purina para potros (Potrina Creeper, Potrina Junior e Potrina) são peletizados, especialmente formulados para atender às necessidades nutricionais do potro em proteína, energia, vitaminas e minerais para um ótimo desenvolvimento.

Para se conseguir uma ótima taxa de desenvolvimento, o potro deve continuar com o Programa Purina até atingir ao redor de 450 kg de peso. A partir desse ponto, ele deve passar utilizar para rações das linhas Omolene, Corcelina ou Tec Horse.


Alimentando o Cavalo de Passeio

O cavalo de passeio proporciona agradáveis momentos. O seu estilo permite cavalgar por recreação e exercício.

Talvez a parte da manhã seja o horário preferido para um galope diário, ou talvez prefira cavalgar à tarde, no finalzinho do dia. O horário e o local do exercício não importa muito. O importante é que o animal se exercite. Se mantiver o cavalo em um programa de alimentação compatível com o peso dele e com o nível de atividade e exercitá-lo regularmente, o cavalo de passeio será capaz de fazer tudo aquilo que for exigido dele. Para aquelas vezes em que o cavalo estiver sendo preparado para um show, exposição ou qualquer atividade mais extenuante, tal como uma longa caminhada, deve-se usar o programa de alimentação recomendado para "cavalos de exposição" ou para "cavalos de performance", descrito a seguir.

Quando não puder exercitar o cavalo regularmente, deve-se modificar o programa de alimentação, de tal forma que ele permaneça em boa condição corporal, mas não ganhe peso em excesso. Produtos recomendados: Corcelina e Corcelina Mix.

Alimentando o Cavalo de Performance

Cavalos de performance são treinados, condicionados e mantidos para trabalhos muito especializados e extenuantes. Alguns são treinados para atividades tais como caçadas, saltos, corridas ou provas de laço e outros eventos. Outros para o trabalho pesado, como a lida com o gado e outros.

Os cavalos de performance do primeiro grupo têm duas coisas em comum. Primeiro, eles trabalham duro por vários anos enquanto são treinados. Segundo, quando estão realmente desempenhando a sua função eles despendem uma enorme quantidade de energia física, que deve ser reposta através de 60 a 70% de aumento de sua dieta, se essa energia queimada não for reposta, o cavalo de performance tem que lançar mão de sua energia de manutenção. Se isso acontecer, a condição física do cavalo e a sua performance diminuem drasticamente.

Similares, mas não idênticas, são as exigências nutricionais para o segundo grupo de cavalos de performance. O cavalo atleta é muito exigido, por períodos bastantes longos e intensivos. Eles podem ser usados em escolas de equitação, torneios hípicos, para cavalgadas recreativas ou ainda para tração. Nesses casos de trabalho, o cavalo queima suas reservas de energia várias horas por dia por vários dias consecutivos, com apenas alguns momentos de descanso. Este gasto de energia pode exigir mais de duas vezes a quantidade de alimento necessária quando o cavalo está em descanso.

Se o cavalo executa o tipo de trabalho descrito aqui, provavelmente já se percebe a importância que o programa de alimentação demanda. Deve-se manter a sua condição física durante o período em que o cavalo não está trabalhando para que se não tenha que recuperá-lo quando for tempo do serviço pesado. Deve-se fornecer a energia necessária para suprir o gasto de energia que o cavalo tem ao executar o serviço, mas também saber quando e quanto cortar essa energia, para que o animal não se torne obeso. Ambas, quantidades e composição dos alimentos, devem ser ajustadas para adequar a condição e o nível de atividade de cada cavalo que esteja sendo trabalhado. Produtos recomendados: Corcelina, Corcelina Mix, Omolene ou Omolene Atleta.


Alimentando o Cavalo de Conformação

Quem já levou seu cavalo a uma exposição, sabe o orgulho que dá ser o dono de um cavalo bonito, sadio e elegante, que causa admiração em todos os amantes de eqüinos.

Muito do prazer de possuir um cavalo de conformação vem durante o tempo que se gasta preparando-o para a competição. Seu objetivo é fazer transparecer toda a beleza e graça que o cavalo tem dentro dele.
O condicionamento do cavalo de exposição requer um programa de alimentação que não só permita um ganho adequado de peso, mas que também mantenha o peso do animal devidamente distribuído, fazendo com que fiquem em boa forma física.

O cavalo atinge a conformação ideal de tipo através de uma combinação apropriada do desenvolvimento de ossos e músculos e a presença de quantidades certas de gorduras nas áreas certas. Dois fatores que afetam esses aspectos da aparência do cavalo são a nutrição adequada durante o período de crescimento, de tal sorte que os ossos e músculos se desenvolvam a contento, e um bom balanceamento entre consumo de alimentos e exercícios, de modo a fazer com que os músculos permaneçam rígidos, mesmo se alguma quantidade de gordura corporal seja retirada.

A presença marcante do cavalo em uma exposição é resultante, em grande parte, do bom estado físico que se conseguiu imprimir durante o programa de condicionamento. Presença é o resultado de boa saúde, boa nutrição e treinamento dedicado. O cavalo que marca presença não só mostra beleza mas também exibe elegância, potência e disciplina, qualidades que juntas resultam em uma performance superior.

O programa de alimentação recomendado para cavalos de exposições é similar aos programas de cavalos de performance. O programa de condicionamento deve ser seguido se estiver preparando o cavalo para leilões ou mantendo-o em uma condição permanente de exposição. Se o cavalo estiver trabalhando moderada ou pesadamente, ele necessitará das mesmas quantidades de alimento que os cavalos de performance.


Alimentando a Égua e o Garanhão
Como alimentar éguas reprodutoras
A égua, mais do que qualquer outra categoria de eqüinos, passa por vários estágios de atividade que exigem especiais ajustes nutricionais. Sua condição durante a prenhez e lactação não só afeta sua própria saúde mas também a saúde de sua cria.

No início da gestação, o feto é muito pequeno e não exige muito da mãe em termos nutricionais. Durante este período, o programa de alimentação da égua se assemelha ao de um cavalo de trabalho. Quantidades suficientes de energia, proteína, minerais e vitaminas são necessárias para manter a égua em boa condição corporal, sem permitir que ela se torne muito gorda.

Os últimos três meses de gestação são o período em que ocorre o maior crescimento do potro, atingindo 60% do seu peso ao nascer. Portanto, 2/3 do peso do potro acontece nos últimos 3 meses de gestação. O organismo do potro é formado principalmente de água, músculos e ossos






Proteína e energia são os dois nutrientes que a égua necessita em grandes quantidades durante o final da gestação, para permitir o adequado desenvolvimento da sua cria. A energia deve ser aumentada em 10% durante a fase final de gestação. Este aumento supre a energia para o desenvolvimento de um potro forte e sadio, mas evita deposição indesejada de gordura na égua. Energia em excesso durante esse período pode causar um acúmulo de gordura e causar problemas de parto e de reprodução. Dietas ricas em forragens podem restringir o consumo de energia da égua. O feto em desenvolvimento ocupa tanto espaço abdominal no fim da gestação que a capacidade digestiva da égua fica limitada. Uma ração altamente digestível é recomendada como suplemento durante este período.Após o parto, a égua exige 50% mais energia para produzir leite suficiente para satisfazer às exigências do potro, além da sua própria manutenção. No pico da lactação, entre oito e doze semanas, é importante que a dieta da égua forneça não apenas energia suficiente, mas também proteína, cálcio e fósforo para a máxima produção de leite. Deficiências nutricionais durante o período de rápido crescimento do potro comprometem, irreversivelmente, o desenvolvimento do animal.Após o 3º mês de lactação, a produção de leite da égua irá declinar e o potro receberá a maior parte de seus nutrientes a partir de uma ração especialmente formulada para atender à sua necessidade. Neste ponto, a dieta da égua deve ser diminuída, para que ela não se torne excessivamente gorda.As necessidades do garanhão não variam tanto quanto da égua, mas sua condição exige atenção. Se ele rotineiramente é mantido em boa condição, o trabalho de colocá-lo em boa forma será evitado. Antes do período de monta, o garanhão deve ser colocado em sua ração de reprodução, de tal forma que ele consiga a potência necessária para o período de cobertura. Produtos recomendados: Omolene Cria ou Corcelina Reprodução para éguas, Omolene ou Omolene Atleta para os garanhões.