Uma égua normal, numa expressão corriqueira, podemos dizer que passa a vida prenhe, e que o seu principal estatuto é a prenhez, pois tão logo se desocupa de um potro se prepara para conceber outro, ano após ano. Antes de abordar o assunto, é importante partirmos de referências certas e definições de base, para que possamos desenvolver raciocínios localizados, neste longo período de tempo de ocorrências variadas. Assim é importante avançar alguns enquadramentos: 1. Na égua a fertilização ocorre nas trompas de Falópio, estrutura orgânica subjacente ao ovário que recebe o óvulo ou oócito e onde se dá a fecundação - INÍCIO DA GESTAÇÃO. 2. Entre esta estrutura e o útero há o oviducto, minúsculo órgão tubular que conduz o oócito já fecundado até ao útero, que demora entre 5 e 7 dias para percorrê-lo. 3. O útero é, de fato, a sede onde o novo ser vai residir durante este longo período de cerca de 340 dias e onde, ao longo do tempo, se desenvolverá, passará por várias fases na dependência de sua mãe, até vir à luz 4. A gestação da égua dura em média cerca de 340 dias, havendo autores que a enquadram entre os 320 e 375 dias. 5. Quando um potro nasce entre os 320 e os 300 dias, diz-se prematuro.6. Quando um potro nasce antes dos 300 dias, diz-se aborto. Nos primeiros dias de gestação, o futuro potro chama-se embrião e nos primeiros 14 a 16 dias da sua presença no útero, a mãe não sabe ainda que está prenha e a sua produção hormonal ocorre como a de uma égua que cicla normalmente. Se a égua estivesse num ciclo sexual normal, sem ter sido coberta, por esta altura (15º dia) no útero produzir-se-ía um hormônio chamado de prostaglandina que interromperia a produção de progesterona pelo Corpo Amarelo e a égua voltaria novamente ao cio. Agora a presença do embrião e a ocorrência da formação e fixação duma vesícula embrionária em algum local do útero, coincide com o aumento do tônus uterino e o desenvolvimento progressivo do embrião, impedindo a produção de prostaglandina e assegurando o bom desenvolvimento da gestação. Estes fenômenos ocorrem por volta dos 18-20 dias da presença do embrião no útero. Esta designação de embrião mantém-se até que todos os órgãos estejam formados, como que numa réplica miniatura do que será o futuro potro. Isto ocorre por volta dos 40 dias e a partir daqui passamos a chamar-lhe feto. Depois da fecundação e nidação, já sumariamente abordados, debrucemo-nos um pouco mais detalhadamente sobre o último trimestre da gestação: Nos últimos 3-4 meses da gestação, as necessidades nutricionais da égua aumentam. Aumentam muito ! É neste último trimestre que o feto acaba o seu desenvolvimento, o que corresponde a dizer que neste período ocorre cerca de 60% do seu desenvolvimento. A mãe égua começa a preparar, por esta altura, também a fisiologia da próxima lactação, o que a leva a mobilizar mais reservas do seu próprio organismo.Para que a égua possa suportar e suprir este aumento, precisa de cerca de 20% de energia na dieta, além do que normalmente necessitaria para a sua a sua manutenção, bem como mais cerca de 30% de proteína. As necessidades de cálcio, fósforo e outros minerais aumentam enormemente, assim como de vitaminas, especialmente a vitamina A. É de fato neste último terço da gestação que as necessidades realmente disparam, em contrapartida com os 2/3 anteriores, (nestes 2/3 o feto cresce cerca de 90 grs. por dia) em que as necessidades da mãe égua mantém-se aos níveis médios das exigências normais da manutenção. Por outro lado, atendendo à nossa época de cobrição/partos e a fatores climáticos, este último terço da gestação coincide precisamente com a altura do ano de maior penúria alimentar, para animais criados em regime extensivo, como são a maior parte das nossas lusitanas.De igual modo, o crescimento do feto e o aumento de todas as outras estruturas uterinas que suportam a gestação - placenta e líquidos aminióticos - reduzem também de alguma forma a capacidade digestiva por compressão de todos os órgãos abdominais, com especial destaque para o estômago e intestino, levando assim a menor capacidade de ingestão e a digestões mais difíceis, se o alimento de balastro ingerido não for de boa qualidade. A esta altura, início do inverno, há ainda outros fatores que pouco ajudam a amenizar este quadro de contrariedades. Levando-se em conta o que alguns autores descrevem acerca dos componentes vitamínicos (A, D e E) do feno, guardado à mais de 3 ou 4 meses, que sofrem um grande decréscimo nos seus teores qualitativos, estes devem ser analisados para se ter a certeza do tipo de nutrientes que estamos fornecendo ao animal. É portanto, muito importante neste período, fornecer ao animal uma alimentação completa e balanceada, sob os vários pontos de vista abordados, para que a égua chegue ao parto em excelente forma física, visto que é geralmente no pós-parto que se verificam drásticas perdas de peso, que serão muito mais acentuadas se no período seco (antes do parto) a mãe égua foi sujeita à subnutrição, comprometendo depois a capacidade de produção de leite e subseqüentemente o desenvolvimento do potro. Nesta fase final da gestação, parto e início de lactação, a égua deve ter acesso à alimentos de qualidade, fenos e concentrados, e deve-lhe ser oferecido, diariamente, no cômputo dos alimentos citados, no mínimo cerca de 3% do seu peso vivo.
quinta-feira, 27 de maio de 2010
Reprodução
Gestação da Egua
Uma égua normal, numa expressão corriqueira, podemos dizer que passa a vida prenhe, e que o seu principal estatuto é a prenhez, pois tão logo se desocupa de um potro se prepara para conceber outro, ano após ano. Antes de abordar o assunto, é importante partirmos de referências certas e definições de base, para que possamos desenvolver raciocínios localizados, neste longo período de tempo de ocorrências variadas. Assim é importante avançar alguns enquadramentos: 1. Na égua a fertilização ocorre nas trompas de Falópio, estrutura orgânica subjacente ao ovário que recebe o óvulo ou oócito e onde se dá a fecundação - INÍCIO DA GESTAÇÃO. 2. Entre esta estrutura e o útero há o oviducto, minúsculo órgão tubular que conduz o oócito já fecundado até ao útero, que demora entre 5 e 7 dias para percorrê-lo. 3. O útero é, de fato, a sede onde o novo ser vai residir durante este longo período de cerca de 340 dias e onde, ao longo do tempo, se desenvolverá, passará por várias fases na dependência de sua mãe, até vir à luz 4. A gestação da égua dura em média cerca de 340 dias, havendo autores que a enquadram entre os 320 e 375 dias. 5. Quando um potro nasce entre os 320 e os 300 dias, diz-se prematuro.6. Quando um potro nasce antes dos 300 dias, diz-se aborto. Nos primeiros dias de gestação, o futuro potro chama-se embrião e nos primeiros 14 a 16 dias da sua presença no útero, a mãe não sabe ainda que está prenha e a sua produção hormonal ocorre como a de uma égua que cicla normalmente. Se a égua estivesse num ciclo sexual normal, sem ter sido coberta, por esta altura (15º dia) no útero produzir-se-ía um hormônio chamado de prostaglandina que interromperia a produção de progesterona pelo Corpo Amarelo e a égua voltaria novamente ao cio. Agora a presença do embrião e a ocorrência da formação e fixação duma vesícula embrionária em algum local do útero, coincide com o aumento do tônus uterino e o desenvolvimento progressivo do embrião, impedindo a produção de prostaglandina e assegurando o bom desenvolvimento da gestação. Estes fenômenos ocorrem por volta dos 18-20 dias da presença do embrião no útero. Esta designação de embrião mantém-se até que todos os órgãos estejam formados, como que numa réplica miniatura do que será o futuro potro. Isto ocorre por volta dos 40 dias e a partir daqui passamos a chamar-lhe feto. Depois da fecundação e nidação, já sumariamente abordados, debrucemo-nos um pouco mais detalhadamente sobre o último trimestre da gestação: Nos últimos 3-4 meses da gestação, as necessidades nutricionais da égua aumentam. Aumentam muito ! É neste último trimestre que o feto acaba o seu desenvolvimento, o que corresponde a dizer que neste período ocorre cerca de 60% do seu desenvolvimento. A mãe égua começa a preparar, por esta altura, também a fisiologia da próxima lactação, o que a leva a mobilizar mais reservas do seu próprio organismo.Para que a égua possa suportar e suprir este aumento, precisa de cerca de 20% de energia na dieta, além do que normalmente necessitaria para a sua a sua manutenção, bem como mais cerca de 30% de proteína. As necessidades de cálcio, fósforo e outros minerais aumentam enormemente, assim como de vitaminas, especialmente a vitamina A. É de fato neste último terço da gestação que as necessidades realmente disparam, em contrapartida com os 2/3 anteriores, (nestes 2/3 o feto cresce cerca de 90 grs. por dia) em que as necessidades da mãe égua mantém-se aos níveis médios das exigências normais da manutenção. Por outro lado, atendendo à nossa época de cobrição/partos e a fatores climáticos, este último terço da gestação coincide precisamente com a altura do ano de maior penúria alimentar, para animais criados em regime extensivo, como são a maior parte das nossas lusitanas.De igual modo, o crescimento do feto e o aumento de todas as outras estruturas uterinas que suportam a gestação - placenta e líquidos aminióticos - reduzem também de alguma forma a capacidade digestiva por compressão de todos os órgãos abdominais, com especial destaque para o estômago e intestino, levando assim a menor capacidade de ingestão e a digestões mais difíceis, se o alimento de balastro ingerido não for de boa qualidade. A esta altura, início do inverno, há ainda outros fatores que pouco ajudam a amenizar este quadro de contrariedades. Levando-se em conta o que alguns autores descrevem acerca dos componentes vitamínicos (A, D e E) do feno, guardado à mais de 3 ou 4 meses, que sofrem um grande decréscimo nos seus teores qualitativos, estes devem ser analisados para se ter a certeza do tipo de nutrientes que estamos fornecendo ao animal. É portanto, muito importante neste período, fornecer ao animal uma alimentação completa e balanceada, sob os vários pontos de vista abordados, para que a égua chegue ao parto em excelente forma física, visto que é geralmente no pós-parto que se verificam drásticas perdas de peso, que serão muito mais acentuadas se no período seco (antes do parto) a mãe égua foi sujeita à subnutrição, comprometendo depois a capacidade de produção de leite e subseqüentemente o desenvolvimento do potro. Nesta fase final da gestação, parto e início de lactação, a égua deve ter acesso à alimentos de qualidade, fenos e concentrados, e deve-lhe ser oferecido, diariamente, no cômputo dos alimentos citados, no mínimo cerca de 3% do seu peso vivo.
Uma égua normal, numa expressão corriqueira, podemos dizer que passa a vida prenhe, e que o seu principal estatuto é a prenhez, pois tão logo se desocupa de um potro se prepara para conceber outro, ano após ano. Antes de abordar o assunto, é importante partirmos de referências certas e definições de base, para que possamos desenvolver raciocínios localizados, neste longo período de tempo de ocorrências variadas. Assim é importante avançar alguns enquadramentos: 1. Na égua a fertilização ocorre nas trompas de Falópio, estrutura orgânica subjacente ao ovário que recebe o óvulo ou oócito e onde se dá a fecundação - INÍCIO DA GESTAÇÃO. 2. Entre esta estrutura e o útero há o oviducto, minúsculo órgão tubular que conduz o oócito já fecundado até ao útero, que demora entre 5 e 7 dias para percorrê-lo. 3. O útero é, de fato, a sede onde o novo ser vai residir durante este longo período de cerca de 340 dias e onde, ao longo do tempo, se desenvolverá, passará por várias fases na dependência de sua mãe, até vir à luz 4. A gestação da égua dura em média cerca de 340 dias, havendo autores que a enquadram entre os 320 e 375 dias. 5. Quando um potro nasce entre os 320 e os 300 dias, diz-se prematuro.6. Quando um potro nasce antes dos 300 dias, diz-se aborto. Nos primeiros dias de gestação, o futuro potro chama-se embrião e nos primeiros 14 a 16 dias da sua presença no útero, a mãe não sabe ainda que está prenha e a sua produção hormonal ocorre como a de uma égua que cicla normalmente. Se a égua estivesse num ciclo sexual normal, sem ter sido coberta, por esta altura (15º dia) no útero produzir-se-ía um hormônio chamado de prostaglandina que interromperia a produção de progesterona pelo Corpo Amarelo e a égua voltaria novamente ao cio. Agora a presença do embrião e a ocorrência da formação e fixação duma vesícula embrionária em algum local do útero, coincide com o aumento do tônus uterino e o desenvolvimento progressivo do embrião, impedindo a produção de prostaglandina e assegurando o bom desenvolvimento da gestação. Estes fenômenos ocorrem por volta dos 18-20 dias da presença do embrião no útero. Esta designação de embrião mantém-se até que todos os órgãos estejam formados, como que numa réplica miniatura do que será o futuro potro. Isto ocorre por volta dos 40 dias e a partir daqui passamos a chamar-lhe feto. Depois da fecundação e nidação, já sumariamente abordados, debrucemo-nos um pouco mais detalhadamente sobre o último trimestre da gestação: Nos últimos 3-4 meses da gestação, as necessidades nutricionais da égua aumentam. Aumentam muito ! É neste último trimestre que o feto acaba o seu desenvolvimento, o que corresponde a dizer que neste período ocorre cerca de 60% do seu desenvolvimento. A mãe égua começa a preparar, por esta altura, também a fisiologia da próxima lactação, o que a leva a mobilizar mais reservas do seu próprio organismo.Para que a égua possa suportar e suprir este aumento, precisa de cerca de 20% de energia na dieta, além do que normalmente necessitaria para a sua a sua manutenção, bem como mais cerca de 30% de proteína. As necessidades de cálcio, fósforo e outros minerais aumentam enormemente, assim como de vitaminas, especialmente a vitamina A. É de fato neste último terço da gestação que as necessidades realmente disparam, em contrapartida com os 2/3 anteriores, (nestes 2/3 o feto cresce cerca de 90 grs. por dia) em que as necessidades da mãe égua mantém-se aos níveis médios das exigências normais da manutenção. Por outro lado, atendendo à nossa época de cobrição/partos e a fatores climáticos, este último terço da gestação coincide precisamente com a altura do ano de maior penúria alimentar, para animais criados em regime extensivo, como são a maior parte das nossas lusitanas.De igual modo, o crescimento do feto e o aumento de todas as outras estruturas uterinas que suportam a gestação - placenta e líquidos aminióticos - reduzem também de alguma forma a capacidade digestiva por compressão de todos os órgãos abdominais, com especial destaque para o estômago e intestino, levando assim a menor capacidade de ingestão e a digestões mais difíceis, se o alimento de balastro ingerido não for de boa qualidade. A esta altura, início do inverno, há ainda outros fatores que pouco ajudam a amenizar este quadro de contrariedades. Levando-se em conta o que alguns autores descrevem acerca dos componentes vitamínicos (A, D e E) do feno, guardado à mais de 3 ou 4 meses, que sofrem um grande decréscimo nos seus teores qualitativos, estes devem ser analisados para se ter a certeza do tipo de nutrientes que estamos fornecendo ao animal. É portanto, muito importante neste período, fornecer ao animal uma alimentação completa e balanceada, sob os vários pontos de vista abordados, para que a égua chegue ao parto em excelente forma física, visto que é geralmente no pós-parto que se verificam drásticas perdas de peso, que serão muito mais acentuadas se no período seco (antes do parto) a mãe égua foi sujeita à subnutrição, comprometendo depois a capacidade de produção de leite e subseqüentemente o desenvolvimento do potro. Nesta fase final da gestação, parto e início de lactação, a égua deve ter acesso à alimentos de qualidade, fenos e concentrados, e deve-lhe ser oferecido, diariamente, no cômputo dos alimentos citados, no mínimo cerca de 3% do seu peso vivo.
segunda-feira, 24 de maio de 2010
sábado, 22 de maio de 2010
Raças
Andaluz
Características: altura média de 1.55 m., cabeça de perfil reto ou subconvexo, orelhas médias, pescoço forte e arredondado na linha superior, garupa arredondada, com movimentos ágeis e elevados e grande predisposição para a reunião. Nobre e dócil, com temperamento muito vivo.
Aptidões: sendo fogoso, porém dócil, e tendo grande facilidade para o aprendizado, presta-se para o adestramento, passeios, enduro, hipismo rural e trabalhos com o gado.
Appaloosa
Origem: Introduzidos no Continente Americano pelos conquistadores espanhóis os Mustangs manchados de branco-salpicado nas regiões do dorso, lombo e garupa foram utilizados pelas tribos dos indígenas Nex Perce, às margens do rio Pelouse no noroeste dos E.U.A.. após a derrota dos indígenas em 1877, os cavalos foram leiloados e somente a partir de 1938 passaram a ser selecionados no Oeste dos Estados Unidos, cruzando-os com o Quarter-Horse e Puro Sangue Inglês.
Características: Altura média de 1.50m, temperamento vivo, bom caráter, cabeça com fronte ampla, perfil reto, orelhas pequenas, olhos grandes, boca pouco profunda, pescoço médio em linha superior e inferior retas. Dorso e lombo curtos e garupa levemente inclinada, espádua bem inclinada, membros fortes bem musculados, e cascos médios. Pelagem básica é o ruão, admitindo-se todas as outras, desde que as menchas preencham o padrão que envolve seis pelagens básicas: a glacial, leopardo, floco de neve, mármore, manta manchada e manta branca.
Aptidões: Corridas curtas, esportes hípicos diversos e lida com o gado.
Árabe
Origem: É uma das mais puras e antigas raças de cavalos do mundo e que praticamente entrou na formação de quase todas as raças modernas. Selecionada no deserto da Península Arábica, entre o mar Vermelho e o Golfo Pérsico, por onde vagavam algumas tribos nômades; a quem se deve a pureza sanguínea na seleção do cavalo árabe e a importância dada às éguas mães - Koheilan, Seglawi, Ibeion, Handani e Habdan, as cinco éguas que serviram de matrizes para as cinco principais linhagens que compõe a raça Árabe até os nossos dias.
Características: Cavalo com altura média de 1.50m, podendo atualmente chegar até 1.58m, possue cabeça de forma triangular com perfil concavo, orelhas pequenas, olhos grandes arredondados e muito salientes, narinas dilatadas, ganachos arredondados, boca pequena, pescoço alto e curvilíneo em sua linha superior, peito amplo, tórax amplo, dorso e lombo médios, garupa horizontal e saída de cauda alta que permanece elevada durante o movimento. Seu trote e galope são rasteiros, amplos e cadenciados, com muito garbo, tendo temperamento muito vivo e grande resistência. As pelagens básicas são alazã, castanha, tordilha e preta.
Aptidões: Pelas suas características são aptos aos esportes hípicos de salto e adestramento em categorias intermediárias, hipismo rural, enduro e trabalhos agro-pecuários.
Brasileira de Hipismo
Origem: formada no Brasil com as mais importantes linhagens européias de cavalos de salto e adestramento, tais como Hanoverana, Holsteiner, Oldenburger, Trakehner, Westfalen e Sela Francesa, através de cruzamento entre si ou com magníficos exemplares Puro Sangue Inglês da América do Sul.
Características: cavalo leve, ágil e de grande porte; com altura superior a 1.65m.; perímetro toráxico de 1.90m. e perímetro de canela de 21cm.; cabeça média de perfil reto ou subconvexo; pescoço médio bem destacado do peito e espáduas; cernelha destacada; dorso bem ligado ao lombo e a garupa; membros fortes e andamentos briosos, relativamente elevados e extensos. Possuem excelente mecânica de salto, coragem, inteligência e elegância nos movimentos. São admitidas todas as pelagens.
Aptidões: suas características o tornam apto para quaisquer modalidades de salto, adestramento, concurso completo de equitação, enduro, hipismo rural ou até mesmo atrelagem.
Campolina
Origem: Raça formada em Minas Gerais no Brasil, por Cassiano Campolina, a partir do garanhão Monarca, filho de uma égua cruzada com o garanhão Puro Sangue Andaluz-Lusitano da Coudelaria Real de Alter, pertencente ao criatório de D. Pedro II. Os descendentes de Monarca sofreram a infusão de sangue Percherão, Orloff e Oldenburguer e mais tarde do Mangalarga Marchador e Puro Sangue Inglês.
Características: Cavalo de bom porte com altura média de 1.55m, cabeça com fronte ampla, perfil retilíneo ou subconvexo, orelhas de tamanho médio, olhos médios, narinas elípticas, pescoço forte e rodado em sua linha superior, o peito amplo, dorso e lombo médios, garupa levemente inclinada com saída de cauda não muito alta, sendo admitidas todas as pelagens. Membros fortes, geralmente com posteriores atrasados, seus andamentos são a marcha batida ou picada com tríplice apoio.
Aptidões: Ideais para passeio, enduro, tração ou lida com o gado.
Crioula
Origem: foi a primeira raça sul-americana formada nos campos úmidos da Bacia do Prata, descendendo em linha direta dos cavalos ibéricos trazidos pelos espanhóis e portugueses ao longo do século XVI para as regiões que formariam a Argentina, Paraguai e Brasil.
Características: cavalo de pequeno porte, com altura média de 1.45m., muito forte e musculado, porém ágil e rápido em seus movimentos. São admitidas todas as pelagens. Cabeça de perfil reto ou convexo; orelhas pequenas; olhos expressivos; pescoço de comprimento médio ligeiramente convexo na linha superior, provido de crinas grossas; peito amplo; cernelha pouco destacada; dorso curto; lombo curto e garupa semi-obliqua; membros fortes, bem musculados e providos de cascos muito rígidos.
Aptidões: é por excelência um cavalo de trabalho, ideal na lida com o gado, para passeio e enduro, podendo ser utilizado para cobrir grandes distâncias.
Holsteiner
Origem: raça selecionada no norte da Alemanha, região de Schleswig e Holstein, através do cruzamento de garanhões Puro Sangue Inglês com éguas de grande porte existentes na região. Os antigos cavalos de Holstein sofreram inicialmente pequena infusão de sangue Oriental e Andaluz, tendo sido considerados os melhores cavalos de carruagem do mundo, pelo seu grande porte, força, andamentos elevados e flexibilidade. Posteriormente, atendendo à demanda de cavalos para os esportes hípicos, foram cruzados com garanhões Puro Sangue Inglês, Anglo-árabes e Anglo-normandos, tornando-se uma das mais importantes raças de cavalos de salto e adestramento da atualidade.
Características: cavalo de grande porte; com altura média de 1.70m.; ótima estrutura; bom caráter e temperamento; linhas harmoniosas; cabeça de comprimento médio, de preferência com perfil reto; pescoço bem lançado e levemente arredondado na linha superior; cernelha destacada; linha dorso-lombar média; garupa forte; membros fortes; com andamentos cadenciados, elevados e extensos, tendo excelente mecânica e grande potência para o salto. São admitidas todas as pelagens, porém a predominante é a castanha e a tordilha.
Aptidões: indicado para os esportes hípicos de salto e adestramento.
Mangalarga
Origem: raça formada no Brasil com o cruzamento de um cavalo de origem andaluza, da Coudelaria Real de Alter, trazido por D. João VI e presenteado ao Barão de Alfenas, Gabriel Francisco Junqueira, cruzado com éguas nacionais também de origem ibérica, trazidas pelos colonizadores. Desses cruzamentos surgiram produtos de andamentos comodos de marcha batida porém tendo grande resistência e rusticidade, que foram chamados de Mangalarga. Trazidos para São Paulo, sofreram infusões de sangue Árabe, Anglo-árabe, Puro Sangue Inglês e American Sadle Horse, que imprimiram aos novos produtos a “marcha trotada”, e, foi por essa característica que a raça Mangalarga dividiu-se em duas: Mangalarga em São Paulo e Mangalarga Marchador em Minas Gerais.
Características: cavalo de altura média de 1.55m.; cabeça de perfil reto ou subconvexo; olhos grandes; orelhas médias; pescoço de comprimento médio, musculoso; cernelha näo muito destacada; dorso näo muito curto; garupa semi obliqua; membros fortes; canelas curtas e quartelas com mediana inclinaçäo que lhe permitem uma marcha trotada sem muita elevaçäo e portanto comoda. A pelagem predominante é a alazã e castanha, sendo porém admitidas todas as outras.
Aptidões: passeio; enduro; esportes e trabalhos com o gado.
Mangalarga Marchador
Origem: a raça teve sua origem em Minas Gerais no ano de 1812 quando Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, recebeu de presente de D. Joäo VI um cavalo da Coudelaria Real de Alter, de origem andaluza. Cruzado com éguas nacionais, também de origem da Península Ibérica, porém de linhagens menos nobres, deu origem aos primeiros ‘Mangalarga Marchadores’. Selecionado para fazer grandes viagens, buscou-se aliar a comodidade a resistência e o brio.
Características: cavalo versátil, rústico, resistente, cômodo e elegante; tendo porte médio com altura de 1.54m.; cabeça de perfil retilineo ou subcôncavo; orelhas médias; pescoço piramidal forte e ligeiramente arredondado na linha superior; cernelha bem definida; peito amplo; dorso e lombo curtos; garupa horizontal; membros fortes e andamento de marcha batida ou picada, porém, ambas com momento de tríplice apoio. São admitidas todas as pelagens, porém a predominante é a tordilha.
Aptidões: passeio; enduro; esportes e trabalho com o gado.
Pura Raça Espanhola
Origem: raça típica do sul da Península Ibérica, análogo ao berbere do norte da África. É o mais antigo cavalo de sela conhecido na civilização ocidental e o mais importante na história equestre do mundo civilizado, sendo considerado como rei dos cavalos do mundo ocidental, pois entrou na formação das principais raças modernas, tais como: Puro Sangue Inglês, Hanoverana, Trakehner, Holsteiner, Lipizzanos, Quarter Horse, Appaloosa, Palomino, Crioulo, Mangalarga e Campolina entre várias outras. Foi conhecido como Cavalo Andaluz depois da invasão dos mouros e posteriormente registrado no Stud Book espanhol como Pura Raça Espanhola.
Características: possui altura média de 1,60m.; caráter nobre e dócil; temperamento fogoso e alegre tendo muita facilidade para o aprendizado. Seus movimentos são agéis, elevados, extensos e enérgicos, porém suaves, tendo grande poder de reunião.
Aptidões: suas qualidades o tornam apto a quaisquer modalidades hípicas, principalmente para o adestramento, onde executam quaisquer movimentos de “alta escola” com grande elegância e beleza, sendo também imbatíveis na lida com os touros bravos.
Puro Sangue Inglês
Origem:Raça selecionada na Inglaterra pelo cruzamento de três garanhões orientais, Beverly-Turk e Darley Arabian árabes , e Godolphin Barb de origem berbere, com éguas existentes na Inglaterra e as “Royal Mares” de origem da Península Ibérica. O objetivo da seleção do Puro Sangue Inglês era o de obter cavalos de corridas para grandes percursos. É considerada uma das raças melhoradoras e que entrou na formação das principais raças modernas de cavalos de esporte.
Características:Cavalos de muita finura, beleza e grande classe, com altura média de 1.60m, linda cabeça, perfil reto ou levemente ondulado, fronte ampla, olhos grandes, narinas elípticas e dilatadas, orelhas médias, pele fina, cernelha destacada e musculosa, dorso reto comprido e lombo curto, garupa inclinada, peito estreito e torax profundo. Espádua inclinada, membros fortes, joelhos baixos e canelas curtas. Pelagem de preferência uniforme, castanha, alazã ou tordilha.
Aptidões:Corridas planas ou com obstáculos, salto, adestramento e Concurso Completo de Equitação.
Puro Sangue Lusitano
Origem: raça típica das planícies quentes e secas do sudoeste da Península Ibérica. É o mais antigo cavalo de sela do mundo, tendo sido conhecido como Bético-lusitano, Andaluz e finalmente, a partir de 1967, por Lusitano, com a fundação do Stud Book da Raça Lusitana, posteriormente passou a chamar-se Puro Sangue Lusitano.
Características: altura média de 1.60m; cabeça com perfil subconvexo; orelhas médias e muito atentas; pescoço arredondado em sua linha superior; garupa arredondada; movimentos ágeis, elevados, briosos e extensos e com grande facilidade para a reunião. Sua pelagem predominante é a tordilha seguida da castanha, sendo admitidas a baia, alazã e a preta. sua seleção de milhares de anos lhe garante uma grande afinidade com os ginetes, muito superior a quaisquer raças modernas.
Aptidões: é um cavalo versátil cuja docilidade, agilidade e coragem lhe permitem atualmente competir em quase todas as modalidades do moderno desporto equestre: adestramento, alta escola, salto, enduro e tração ligeira, sendo no entanto imbatíveis no toureio equestre.
Quarto de Milha
Origem: Selecionada nos Estados Unidos da América, a partir dos cavalos selvagens "Mustangs" de origem berbere e árabe, introduzidos na América pelos colonizadores espanhóis. A partir de 1611, com a chegada de algumas éguas vindas da Inglaterra, cruzadas com os garanhões "Mustangs", deu como resultado animais compactos, extremamente dóceis, muito musculosos e capazes de percorrerem pequenas distâncias com mais rapidez que quaisquer outras raças. Sua seleção foi direcionada para produzir animais de trabalho e lida com o gado, tornando-o imbatível para a condução do gado e captura de reses desgarradas, graças à sua velocidade em curtas distâncias. Atualmente cruzados com o Puro Sangue Inglês dão excelentes animais de corrida, imbatíveis nas curtas distâncias. O Quarto de Milha foi introduzido no Brasil em 1954, por iniciativa da empresa King Ranch, na região de Presidente Prudente.
Características: Cavalos muito versáteis, dóceis, rústicos e inteligentes com altura média de 1.52m, cabeça pequena, fronte ampla, perfil reto, olhos grandes e bem afastados. Pescoço piramidal com linha superior reta, dorso e lombo curtos, garupa levemente inclinada, peito profundo, membros fortes e providos de excelente musculatura.
Aptidões: Considerado um dos cavalos mais versáteis do mundo, pode ser utilizado nas corridas planas, salto, provas de rédeas, tambores, balisas, hipismo rural e lida com o gado.
Sela Francesa
Origem: raça selecionada na França, região da Normandia, através do cruzamento de garanhões Puro Sangue Inglês com éguas das antigas linhagens de sela ou trotadoras Anglo-normandas, tendo como finalidade produzir cavalos para os esportes hípicos. A denominação “Sela Francês” foi adotada a partir de 1958, permitindo reunir num mesmo livro genealógico todas as linhagens regionais de cavalos de sela da França.
Características: cavalo de muita classe; ótima estrutura; altura variando de 1.60m a 1.70m.; com bom caráter e temperamento vivo; cabeça média; de perfil reto ou subconvexo; cernelha destacada; linha dorso-lombar média; garupa forte semi-obliqua e arredondada; espaduas inclinadas; membros fortes e andamentos extensos com muita impulsão. São admitidas todas as pelagens, sendo predominante a castanha e a alazã.
Aptidões: cavalo de sela, especializado para os esportes hípicos de salto, adestramento e concurso completo de equitação.
Características: altura média de 1.55 m., cabeça de perfil reto ou subconvexo, orelhas médias, pescoço forte e arredondado na linha superior, garupa arredondada, com movimentos ágeis e elevados e grande predisposição para a reunião. Nobre e dócil, com temperamento muito vivo.
Aptidões: sendo fogoso, porém dócil, e tendo grande facilidade para o aprendizado, presta-se para o adestramento, passeios, enduro, hipismo rural e trabalhos com o gado.
Appaloosa
Origem: Introduzidos no Continente Americano pelos conquistadores espanhóis os Mustangs manchados de branco-salpicado nas regiões do dorso, lombo e garupa foram utilizados pelas tribos dos indígenas Nex Perce, às margens do rio Pelouse no noroeste dos E.U.A.. após a derrota dos indígenas em 1877, os cavalos foram leiloados e somente a partir de 1938 passaram a ser selecionados no Oeste dos Estados Unidos, cruzando-os com o Quarter-Horse e Puro Sangue Inglês.
Características: Altura média de 1.50m, temperamento vivo, bom caráter, cabeça com fronte ampla, perfil reto, orelhas pequenas, olhos grandes, boca pouco profunda, pescoço médio em linha superior e inferior retas. Dorso e lombo curtos e garupa levemente inclinada, espádua bem inclinada, membros fortes bem musculados, e cascos médios. Pelagem básica é o ruão, admitindo-se todas as outras, desde que as menchas preencham o padrão que envolve seis pelagens básicas: a glacial, leopardo, floco de neve, mármore, manta manchada e manta branca.
Aptidões: Corridas curtas, esportes hípicos diversos e lida com o gado.
Árabe
Origem: É uma das mais puras e antigas raças de cavalos do mundo e que praticamente entrou na formação de quase todas as raças modernas. Selecionada no deserto da Península Arábica, entre o mar Vermelho e o Golfo Pérsico, por onde vagavam algumas tribos nômades; a quem se deve a pureza sanguínea na seleção do cavalo árabe e a importância dada às éguas mães - Koheilan, Seglawi, Ibeion, Handani e Habdan, as cinco éguas que serviram de matrizes para as cinco principais linhagens que compõe a raça Árabe até os nossos dias.
Características: Cavalo com altura média de 1.50m, podendo atualmente chegar até 1.58m, possue cabeça de forma triangular com perfil concavo, orelhas pequenas, olhos grandes arredondados e muito salientes, narinas dilatadas, ganachos arredondados, boca pequena, pescoço alto e curvilíneo em sua linha superior, peito amplo, tórax amplo, dorso e lombo médios, garupa horizontal e saída de cauda alta que permanece elevada durante o movimento. Seu trote e galope são rasteiros, amplos e cadenciados, com muito garbo, tendo temperamento muito vivo e grande resistência. As pelagens básicas são alazã, castanha, tordilha e preta.
Aptidões: Pelas suas características são aptos aos esportes hípicos de salto e adestramento em categorias intermediárias, hipismo rural, enduro e trabalhos agro-pecuários.
Brasileira de Hipismo
Origem: formada no Brasil com as mais importantes linhagens européias de cavalos de salto e adestramento, tais como Hanoverana, Holsteiner, Oldenburger, Trakehner, Westfalen e Sela Francesa, através de cruzamento entre si ou com magníficos exemplares Puro Sangue Inglês da América do Sul.
Características: cavalo leve, ágil e de grande porte; com altura superior a 1.65m.; perímetro toráxico de 1.90m. e perímetro de canela de 21cm.; cabeça média de perfil reto ou subconvexo; pescoço médio bem destacado do peito e espáduas; cernelha destacada; dorso bem ligado ao lombo e a garupa; membros fortes e andamentos briosos, relativamente elevados e extensos. Possuem excelente mecânica de salto, coragem, inteligência e elegância nos movimentos. São admitidas todas as pelagens.
Aptidões: suas características o tornam apto para quaisquer modalidades de salto, adestramento, concurso completo de equitação, enduro, hipismo rural ou até mesmo atrelagem.
Campolina
Origem: Raça formada em Minas Gerais no Brasil, por Cassiano Campolina, a partir do garanhão Monarca, filho de uma égua cruzada com o garanhão Puro Sangue Andaluz-Lusitano da Coudelaria Real de Alter, pertencente ao criatório de D. Pedro II. Os descendentes de Monarca sofreram a infusão de sangue Percherão, Orloff e Oldenburguer e mais tarde do Mangalarga Marchador e Puro Sangue Inglês.
Características: Cavalo de bom porte com altura média de 1.55m, cabeça com fronte ampla, perfil retilíneo ou subconvexo, orelhas de tamanho médio, olhos médios, narinas elípticas, pescoço forte e rodado em sua linha superior, o peito amplo, dorso e lombo médios, garupa levemente inclinada com saída de cauda não muito alta, sendo admitidas todas as pelagens. Membros fortes, geralmente com posteriores atrasados, seus andamentos são a marcha batida ou picada com tríplice apoio.
Aptidões: Ideais para passeio, enduro, tração ou lida com o gado.
Crioula
Origem: foi a primeira raça sul-americana formada nos campos úmidos da Bacia do Prata, descendendo em linha direta dos cavalos ibéricos trazidos pelos espanhóis e portugueses ao longo do século XVI para as regiões que formariam a Argentina, Paraguai e Brasil.
Características: cavalo de pequeno porte, com altura média de 1.45m., muito forte e musculado, porém ágil e rápido em seus movimentos. São admitidas todas as pelagens. Cabeça de perfil reto ou convexo; orelhas pequenas; olhos expressivos; pescoço de comprimento médio ligeiramente convexo na linha superior, provido de crinas grossas; peito amplo; cernelha pouco destacada; dorso curto; lombo curto e garupa semi-obliqua; membros fortes, bem musculados e providos de cascos muito rígidos.
Aptidões: é por excelência um cavalo de trabalho, ideal na lida com o gado, para passeio e enduro, podendo ser utilizado para cobrir grandes distâncias.
Holsteiner
Origem: raça selecionada no norte da Alemanha, região de Schleswig e Holstein, através do cruzamento de garanhões Puro Sangue Inglês com éguas de grande porte existentes na região. Os antigos cavalos de Holstein sofreram inicialmente pequena infusão de sangue Oriental e Andaluz, tendo sido considerados os melhores cavalos de carruagem do mundo, pelo seu grande porte, força, andamentos elevados e flexibilidade. Posteriormente, atendendo à demanda de cavalos para os esportes hípicos, foram cruzados com garanhões Puro Sangue Inglês, Anglo-árabes e Anglo-normandos, tornando-se uma das mais importantes raças de cavalos de salto e adestramento da atualidade.
Características: cavalo de grande porte; com altura média de 1.70m.; ótima estrutura; bom caráter e temperamento; linhas harmoniosas; cabeça de comprimento médio, de preferência com perfil reto; pescoço bem lançado e levemente arredondado na linha superior; cernelha destacada; linha dorso-lombar média; garupa forte; membros fortes; com andamentos cadenciados, elevados e extensos, tendo excelente mecânica e grande potência para o salto. São admitidas todas as pelagens, porém a predominante é a castanha e a tordilha.
Aptidões: indicado para os esportes hípicos de salto e adestramento.
Mangalarga
Origem: raça formada no Brasil com o cruzamento de um cavalo de origem andaluza, da Coudelaria Real de Alter, trazido por D. João VI e presenteado ao Barão de Alfenas, Gabriel Francisco Junqueira, cruzado com éguas nacionais também de origem ibérica, trazidas pelos colonizadores. Desses cruzamentos surgiram produtos de andamentos comodos de marcha batida porém tendo grande resistência e rusticidade, que foram chamados de Mangalarga. Trazidos para São Paulo, sofreram infusões de sangue Árabe, Anglo-árabe, Puro Sangue Inglês e American Sadle Horse, que imprimiram aos novos produtos a “marcha trotada”, e, foi por essa característica que a raça Mangalarga dividiu-se em duas: Mangalarga em São Paulo e Mangalarga Marchador em Minas Gerais.
Características: cavalo de altura média de 1.55m.; cabeça de perfil reto ou subconvexo; olhos grandes; orelhas médias; pescoço de comprimento médio, musculoso; cernelha näo muito destacada; dorso näo muito curto; garupa semi obliqua; membros fortes; canelas curtas e quartelas com mediana inclinaçäo que lhe permitem uma marcha trotada sem muita elevaçäo e portanto comoda. A pelagem predominante é a alazã e castanha, sendo porém admitidas todas as outras.
Aptidões: passeio; enduro; esportes e trabalhos com o gado.
Mangalarga Marchador
Origem: a raça teve sua origem em Minas Gerais no ano de 1812 quando Gabriel Francisco Junqueira, o Barão de Alfenas, recebeu de presente de D. Joäo VI um cavalo da Coudelaria Real de Alter, de origem andaluza. Cruzado com éguas nacionais, também de origem da Península Ibérica, porém de linhagens menos nobres, deu origem aos primeiros ‘Mangalarga Marchadores’. Selecionado para fazer grandes viagens, buscou-se aliar a comodidade a resistência e o brio.
Características: cavalo versátil, rústico, resistente, cômodo e elegante; tendo porte médio com altura de 1.54m.; cabeça de perfil retilineo ou subcôncavo; orelhas médias; pescoço piramidal forte e ligeiramente arredondado na linha superior; cernelha bem definida; peito amplo; dorso e lombo curtos; garupa horizontal; membros fortes e andamento de marcha batida ou picada, porém, ambas com momento de tríplice apoio. São admitidas todas as pelagens, porém a predominante é a tordilha.
Aptidões: passeio; enduro; esportes e trabalho com o gado.
Pura Raça Espanhola
Origem: raça típica do sul da Península Ibérica, análogo ao berbere do norte da África. É o mais antigo cavalo de sela conhecido na civilização ocidental e o mais importante na história equestre do mundo civilizado, sendo considerado como rei dos cavalos do mundo ocidental, pois entrou na formação das principais raças modernas, tais como: Puro Sangue Inglês, Hanoverana, Trakehner, Holsteiner, Lipizzanos, Quarter Horse, Appaloosa, Palomino, Crioulo, Mangalarga e Campolina entre várias outras. Foi conhecido como Cavalo Andaluz depois da invasão dos mouros e posteriormente registrado no Stud Book espanhol como Pura Raça Espanhola.
Características: possui altura média de 1,60m.; caráter nobre e dócil; temperamento fogoso e alegre tendo muita facilidade para o aprendizado. Seus movimentos são agéis, elevados, extensos e enérgicos, porém suaves, tendo grande poder de reunião.
Aptidões: suas qualidades o tornam apto a quaisquer modalidades hípicas, principalmente para o adestramento, onde executam quaisquer movimentos de “alta escola” com grande elegância e beleza, sendo também imbatíveis na lida com os touros bravos.
Puro Sangue Inglês
Origem:Raça selecionada na Inglaterra pelo cruzamento de três garanhões orientais, Beverly-Turk e Darley Arabian árabes , e Godolphin Barb de origem berbere, com éguas existentes na Inglaterra e as “Royal Mares” de origem da Península Ibérica. O objetivo da seleção do Puro Sangue Inglês era o de obter cavalos de corridas para grandes percursos. É considerada uma das raças melhoradoras e que entrou na formação das principais raças modernas de cavalos de esporte.
Características:Cavalos de muita finura, beleza e grande classe, com altura média de 1.60m, linda cabeça, perfil reto ou levemente ondulado, fronte ampla, olhos grandes, narinas elípticas e dilatadas, orelhas médias, pele fina, cernelha destacada e musculosa, dorso reto comprido e lombo curto, garupa inclinada, peito estreito e torax profundo. Espádua inclinada, membros fortes, joelhos baixos e canelas curtas. Pelagem de preferência uniforme, castanha, alazã ou tordilha.
Aptidões:Corridas planas ou com obstáculos, salto, adestramento e Concurso Completo de Equitação.
Puro Sangue Lusitano
Origem: raça típica das planícies quentes e secas do sudoeste da Península Ibérica. É o mais antigo cavalo de sela do mundo, tendo sido conhecido como Bético-lusitano, Andaluz e finalmente, a partir de 1967, por Lusitano, com a fundação do Stud Book da Raça Lusitana, posteriormente passou a chamar-se Puro Sangue Lusitano.
Características: altura média de 1.60m; cabeça com perfil subconvexo; orelhas médias e muito atentas; pescoço arredondado em sua linha superior; garupa arredondada; movimentos ágeis, elevados, briosos e extensos e com grande facilidade para a reunião. Sua pelagem predominante é a tordilha seguida da castanha, sendo admitidas a baia, alazã e a preta. sua seleção de milhares de anos lhe garante uma grande afinidade com os ginetes, muito superior a quaisquer raças modernas.
Aptidões: é um cavalo versátil cuja docilidade, agilidade e coragem lhe permitem atualmente competir em quase todas as modalidades do moderno desporto equestre: adestramento, alta escola, salto, enduro e tração ligeira, sendo no entanto imbatíveis no toureio equestre.
Quarto de Milha
Origem: Selecionada nos Estados Unidos da América, a partir dos cavalos selvagens "Mustangs" de origem berbere e árabe, introduzidos na América pelos colonizadores espanhóis. A partir de 1611, com a chegada de algumas éguas vindas da Inglaterra, cruzadas com os garanhões "Mustangs", deu como resultado animais compactos, extremamente dóceis, muito musculosos e capazes de percorrerem pequenas distâncias com mais rapidez que quaisquer outras raças. Sua seleção foi direcionada para produzir animais de trabalho e lida com o gado, tornando-o imbatível para a condução do gado e captura de reses desgarradas, graças à sua velocidade em curtas distâncias. Atualmente cruzados com o Puro Sangue Inglês dão excelentes animais de corrida, imbatíveis nas curtas distâncias. O Quarto de Milha foi introduzido no Brasil em 1954, por iniciativa da empresa King Ranch, na região de Presidente Prudente.
Características: Cavalos muito versáteis, dóceis, rústicos e inteligentes com altura média de 1.52m, cabeça pequena, fronte ampla, perfil reto, olhos grandes e bem afastados. Pescoço piramidal com linha superior reta, dorso e lombo curtos, garupa levemente inclinada, peito profundo, membros fortes e providos de excelente musculatura.
Aptidões: Considerado um dos cavalos mais versáteis do mundo, pode ser utilizado nas corridas planas, salto, provas de rédeas, tambores, balisas, hipismo rural e lida com o gado.
Sela Francesa
Origem: raça selecionada na França, região da Normandia, através do cruzamento de garanhões Puro Sangue Inglês com éguas das antigas linhagens de sela ou trotadoras Anglo-normandas, tendo como finalidade produzir cavalos para os esportes hípicos. A denominação “Sela Francês” foi adotada a partir de 1958, permitindo reunir num mesmo livro genealógico todas as linhagens regionais de cavalos de sela da França.
Características: cavalo de muita classe; ótima estrutura; altura variando de 1.60m a 1.70m.; com bom caráter e temperamento vivo; cabeça média; de perfil reto ou subconvexo; cernelha destacada; linha dorso-lombar média; garupa forte semi-obliqua e arredondada; espaduas inclinadas; membros fortes e andamentos extensos com muita impulsão. São admitidas todas as pelagens, sendo predominante a castanha e a alazã.
Aptidões: cavalo de sela, especializado para os esportes hípicos de salto, adestramento e concurso completo de equitação.
sexta-feira, 21 de maio de 2010
Cuidados com o potro
Cuidados necessários com os potros recém-nascidos
O nascimento é a passagem da vida intra-uterina ao mundo exterior. Na vida fetal os filhotes têm facilidade para se alimentar, são protegidos pela mãe, têm temperatura constante e mais alta que o ambiente, etc. O nascimento faz com que a vida intra-uterina seja trocada por um ambiente mais hostil, com predadores, variações de temperatura, necessidade de se alimentar por conta própria entre outras características.
Os cuidados com os potros começam ainda na vida intra-uterina, principalmente no terço final da gestação. A égua necessita de isolamento em um piquete, com alimentação adequada à parturiente e bem próximo do parto, requer um piquete maternidade. É importante lembrar que quanto mais se artificializa a criação dos eqüinos, mais aumenta a fragilidade dos filhotes.
O parto das éguas ocorre preferencialmente durante a madrugada, o que dificulta o acompanhamento e “facilita” a proteção do neonato, evitando assim qualquer perturbação. O início do parto é marcado geralmente por uma queda de temperatura corpórea da égua.
O parto pode ser dividido didaticamente em três estágios: o primeiro é de inquietação com dor abdominal. O segundo compreende a ruptura da bolsa, o início do nascimento e o ato de respirar. O terceiro estágio é a liberação dos envoltórios fetais (placenta) que leva de trinta minutos a três horas do início do parto.
Neonato é o animal recém nascido. A duração deste estado é de 48 horas a 4 meses, no caso dos mamíferos. A variação depende da condição de sobrevivência do filhote sem a mãe. Se ocorrerem distúrbios durante a gestação ou parto, o filhote deve ser acompanhado, no mínimo, por 24 a 48 horas pós-parto. Uma gestação normal vai de 335 a 342 dias.
Vale lembrar que a condição da saúde materna e status corpóreo influenciam diretamente sobre a condição do feto. As alterações mais graves que ocorrem são: distocias (mau posicionamento fetal), descolamento precoce de placenta, inércia uterina, idade materna avançada, produção insuficiente de leite e mastite.
O exame clínico do potro recém-nascido não difere do exame de um adulto, porém os parâmetros são outros. A importância deste está na necessidade da rápida atuação do médico veterinário nos casos de emergências neonatais.
Principais cuidados com o recém-nascido
• Sistema respiratório
O nascimento é a passagem da vida intra-uterina ao mundo exterior. Na vida fetal os filhotes têm facilidade para se alimentar, são protegidos pela mãe, têm temperatura constante e mais alta que o ambiente, etc. O nascimento faz com que a vida intra-uterina seja trocada por um ambiente mais hostil, com predadores, variações de temperatura, necessidade de se alimentar por conta própria entre outras características.
Os cuidados com os potros começam ainda na vida intra-uterina, principalmente no terço final da gestação. A égua necessita de isolamento em um piquete, com alimentação adequada à parturiente e bem próximo do parto, requer um piquete maternidade. É importante lembrar que quanto mais se artificializa a criação dos eqüinos, mais aumenta a fragilidade dos filhotes.
O parto das éguas ocorre preferencialmente durante a madrugada, o que dificulta o acompanhamento e “facilita” a proteção do neonato, evitando assim qualquer perturbação. O início do parto é marcado geralmente por uma queda de temperatura corpórea da égua.
O parto pode ser dividido didaticamente em três estágios: o primeiro é de inquietação com dor abdominal. O segundo compreende a ruptura da bolsa, o início do nascimento e o ato de respirar. O terceiro estágio é a liberação dos envoltórios fetais (placenta) que leva de trinta minutos a três horas do início do parto.
Neonato é o animal recém nascido. A duração deste estado é de 48 horas a 4 meses, no caso dos mamíferos. A variação depende da condição de sobrevivência do filhote sem a mãe. Se ocorrerem distúrbios durante a gestação ou parto, o filhote deve ser acompanhado, no mínimo, por 24 a 48 horas pós-parto. Uma gestação normal vai de 335 a 342 dias.
Vale lembrar que a condição da saúde materna e status corpóreo influenciam diretamente sobre a condição do feto. As alterações mais graves que ocorrem são: distocias (mau posicionamento fetal), descolamento precoce de placenta, inércia uterina, idade materna avançada, produção insuficiente de leite e mastite.
O exame clínico do potro recém-nascido não difere do exame de um adulto, porém os parâmetros são outros. A importância deste está na necessidade da rápida atuação do médico veterinário nos casos de emergências neonatais.
Principais cuidados com o recém-nascido
• Sistema respiratório
Quando o feto ultrapassa a pelve da mãe, ocorre a dilatação do pulmão seguida da aspiração do ar para dentro das vias aéreas, o diafragma se contrai e se forma a pressão intra-torácica negativa.
Alguns fatores estimulam a respiração: ausência de imersão, estímulos da mãe (lamber), frio, luz, diminuição da pressão de O2 e aumento de CO2, etc. A primeira inspirada é a mais difícil.
A freqüência respiratória no recém-nascido é de 50 a 60 movimentos/minuto. Em casos de alterações, verificar se há uma camada mucosa revestindo a cavidade nasal e/ou oral. Se houver, removê-la com pano seco e limpo.
Se ocorrer dificuldade respiratória por conteúdo líquido, é necessário massagear as narinas, friccionando da cabeça ao focinho. A respiração pode ser estimulada elevando o posterior do animal, friccionando o dorso com pano limpo ou palha, batidas com a palma das mãos na parede torácica ou jato de água fria.
Nos casos de não se restabelecer o padrão respiratório em 2 a 3 minutos, utilizar oxigenioterapia para evitar morte ou danos cerebrais.
• Sistema cárdio-circulatório
O sistema circulatório na vida intra-uterina é bastante diferente de animais recém-nascidos. A troca gasosa é realizada pela placenta e não pelo pulmão. Artérias e veias umbilicais involuem formando cordões fibrosos delgados.
Se ocorrer algum problema com falta de oxigenação nos recém-nascidos, acarretará o retorno do sistema circulatório fetal, o que se torna fatal após o nascimento.
O exame das membranas mucosas é de suma importância: devem se apresentar róseas e úmidas, e o tempo de preenchimento capilar deve ser igual ou inferior a 2 segundos.
No momento do nascimento, a freqüência cardíaca é de 60 a 80 batimentos/minuto, entre uma e doze horas pós-parto ela é de 120 a 140 bat/min e após 12 horas, 30 a 40 bat/min.
• Temperatura
A temperatura retal do potro deve ser aferida e estar entre 37,5 - 38,5ºC. Um desvio acima ou abaixo é preocupante e requer a presença do veterinário.
• Cordão umbilical
Após o término do parto, a égua permanece deitada; e é assim que tem de ser. Este tempo serve para que diminua a circulação sangüínea do cordão umbilical. No momento em que ela se levanta, o cordão se rompe.
Se a égua se levantar e o cordão não romper, deve ser “cortado” por um médico veterinário dentro dos procedimentos de assepsia, na linha de destacamento natural.
O coto umbilical deve ser embebido em iodo a 2%, tanto por dentro como por fora. Este procedimento auxilia na prevenção de infecções ascendentes que “entram” pelo cordão ainda não cicatrizado. O curativo deve repetido diariamente até que a ponta do cordão caia ou este se feche. A infecção deste cordão umbilical e dos vasos ali localizados são denominadas onfaloflebites.
• Excreção de mecônio
Alguns fatores estimulam a respiração: ausência de imersão, estímulos da mãe (lamber), frio, luz, diminuição da pressão de O2 e aumento de CO2, etc. A primeira inspirada é a mais difícil.
A freqüência respiratória no recém-nascido é de 50 a 60 movimentos/minuto. Em casos de alterações, verificar se há uma camada mucosa revestindo a cavidade nasal e/ou oral. Se houver, removê-la com pano seco e limpo.
Se ocorrer dificuldade respiratória por conteúdo líquido, é necessário massagear as narinas, friccionando da cabeça ao focinho. A respiração pode ser estimulada elevando o posterior do animal, friccionando o dorso com pano limpo ou palha, batidas com a palma das mãos na parede torácica ou jato de água fria.
Nos casos de não se restabelecer o padrão respiratório em 2 a 3 minutos, utilizar oxigenioterapia para evitar morte ou danos cerebrais.
• Sistema cárdio-circulatório
O sistema circulatório na vida intra-uterina é bastante diferente de animais recém-nascidos. A troca gasosa é realizada pela placenta e não pelo pulmão. Artérias e veias umbilicais involuem formando cordões fibrosos delgados.
Se ocorrer algum problema com falta de oxigenação nos recém-nascidos, acarretará o retorno do sistema circulatório fetal, o que se torna fatal após o nascimento.
O exame das membranas mucosas é de suma importância: devem se apresentar róseas e úmidas, e o tempo de preenchimento capilar deve ser igual ou inferior a 2 segundos.
No momento do nascimento, a freqüência cardíaca é de 60 a 80 batimentos/minuto, entre uma e doze horas pós-parto ela é de 120 a 140 bat/min e após 12 horas, 30 a 40 bat/min.
• Temperatura
A temperatura retal do potro deve ser aferida e estar entre 37,5 - 38,5ºC. Um desvio acima ou abaixo é preocupante e requer a presença do veterinário.
• Cordão umbilical
Após o término do parto, a égua permanece deitada; e é assim que tem de ser. Este tempo serve para que diminua a circulação sangüínea do cordão umbilical. No momento em que ela se levanta, o cordão se rompe.
Se a égua se levantar e o cordão não romper, deve ser “cortado” por um médico veterinário dentro dos procedimentos de assepsia, na linha de destacamento natural.
O coto umbilical deve ser embebido em iodo a 2%, tanto por dentro como por fora. Este procedimento auxilia na prevenção de infecções ascendentes que “entram” pelo cordão ainda não cicatrizado. O curativo deve repetido diariamente até que a ponta do cordão caia ou este se feche. A infecção deste cordão umbilical e dos vasos ali localizados são denominadas onfaloflebites.
• Excreção de mecônio
Mecônio são as “fezes” (secreções, fluídos, células e bile) produzidas e acumuladas no intestino durante a vida intra-uterina, a partir da segunda metade da gestação. A coloração vai de marrom amarelada a marrom escura.
A liberação do mecônio deve ocorrer entre 4 a 5 horas pós-parto. Se isto não ocorrer deve-se interferir, do contrário o potro manifestará cólicas abdominais.
Os sinais clínicos de retenção do mecônio são notados entre 6 a 12 horas pós-parto e incluem a redução da freqüência de mamadas, dor ao defecar, cauda erguida, cólica, decúbito dorsal e inquietação.
O tratamento deve ser realizado por um médico veterinário logo aos primeiros sintomas. Após poucas horas da defecação, ocorre a primeira micção. Se for notada a eliminação de urina pelo umbigo, o potro requer mais atenção, pois ocorre a persistência do úraco, sendo assim o veterinário deve avaliar a condição e optar por aguardar ou promover o fechamento cirúrgico.
• Amamentação
A liberação do mecônio deve ocorrer entre 4 a 5 horas pós-parto. Se isto não ocorrer deve-se interferir, do contrário o potro manifestará cólicas abdominais.
Os sinais clínicos de retenção do mecônio são notados entre 6 a 12 horas pós-parto e incluem a redução da freqüência de mamadas, dor ao defecar, cauda erguida, cólica, decúbito dorsal e inquietação.
O tratamento deve ser realizado por um médico veterinário logo aos primeiros sintomas. Após poucas horas da defecação, ocorre a primeira micção. Se for notada a eliminação de urina pelo umbigo, o potro requer mais atenção, pois ocorre a persistência do úraco, sendo assim o veterinário deve avaliar a condição e optar por aguardar ou promover o fechamento cirúrgico.
• Amamentação
O leite da égua é o alimento essencial aos recém-nascidos, tanto em quantidade como em composição. Só é necessário que se avalie a quantidade de anticorpos nele presente.
O reflexo de sucção do filhote começa a partir da manutenção do potro em pé, o que demora em torno de uma hora.
É necessário que se observe se o potro realmente conseguiu localizar o úbere da mãe e está sugando o primeiro leite, do contrário, são indicados exame clínico e ingestão forçada do colostro. O colostro é o primeiro alimento (primeiro leite) do neonato, tanto do ponto de vista nutricional como imunológico. A dose recomendada é de 1 a 2 litros divididos em mamadas de hora em hora, com a quantidade de 150 ml. A ingestão do colostro é mantida até 12 horas do nascimento.
O período mais crítico da vida do recém nascido são as primeiras 24 horas e este deve coincidir com a ingestão do colostro (até 6 horas do nascimento), pois nos eqüinos, pelo tipo de placentação o neonato não recebe nenhum tipo de anticorpos durante a gestação. Estes anticorpos devem ser absorvidos pela mucosa intestinal e são eles que vão garantir a imunidade até a idade de aproximadamente 6 a 8 meses.
As éguas produzem em média 15 a 18 Kg/dia de leite. A glândula mamária não produz anticorpos, apenas os concentra (originam do sangue). No caso de animais prematuros, órfãos ou rejeição da égua, o recém-nascido deve receber anticorpos do colostro de outro animal. O ideal é que o haras, quando de criação, mantenha um banco de colostro para eventuais problemas, e até de leite, e em último caso usar o aleitamento artificial (sucedâneos do leite).
O volume de colostro retirado da égua pós-parto, para formar o banco, pode variar de 150 a 200 ml. A conservação é feita no freezer de -15º a -20º C.
O reflexo de sucção do filhote começa a partir da manutenção do potro em pé, o que demora em torno de uma hora.
É necessário que se observe se o potro realmente conseguiu localizar o úbere da mãe e está sugando o primeiro leite, do contrário, são indicados exame clínico e ingestão forçada do colostro. O colostro é o primeiro alimento (primeiro leite) do neonato, tanto do ponto de vista nutricional como imunológico. A dose recomendada é de 1 a 2 litros divididos em mamadas de hora em hora, com a quantidade de 150 ml. A ingestão do colostro é mantida até 12 horas do nascimento.
O período mais crítico da vida do recém nascido são as primeiras 24 horas e este deve coincidir com a ingestão do colostro (até 6 horas do nascimento), pois nos eqüinos, pelo tipo de placentação o neonato não recebe nenhum tipo de anticorpos durante a gestação. Estes anticorpos devem ser absorvidos pela mucosa intestinal e são eles que vão garantir a imunidade até a idade de aproximadamente 6 a 8 meses.
As éguas produzem em média 15 a 18 Kg/dia de leite. A glândula mamária não produz anticorpos, apenas os concentra (originam do sangue). No caso de animais prematuros, órfãos ou rejeição da égua, o recém-nascido deve receber anticorpos do colostro de outro animal. O ideal é que o haras, quando de criação, mantenha um banco de colostro para eventuais problemas, e até de leite, e em último caso usar o aleitamento artificial (sucedâneos do leite).
O volume de colostro retirado da égua pós-parto, para formar o banco, pode variar de 150 a 200 ml. A conservação é feita no freezer de -15º a -20º C.
A quantidade de leite “artificial” deve ser de aproximadamente 10% do peso do potro que mama a cada 2 horas, porém conforme a quantidade de leite por mamada aumenta, o intervalo entre elas também aumenta. O aleitamento artificial pode ser fornecido em mamadeiras ou baldes.
• Isoeritrólise neonatal
• Isoeritrólise neonatal
É uma síndrome que ocorre nos potros recém nascidos por incompatibilidade sanguínea do potro com a égua. É mediada a partir dos anticorpos maternos, que são absorvidos através do colostro, e que respondem contra os eritrócitos (hemácias) do potro. Clinicamente nascem normais e após a primeira mamada se apresentam deprimidos, fracos e com o reflexo de sucção diminuído após 12 a 72 horas.
A gravidade do quadro é determinada pela quantidade e atividade dos anticorpos absorvidos. Mais tardiamente os sintomas são: taquicardia (aumento da freqüência cardíaca), taquipnéia (aumento da freqüência respiratória) e dispnéia (dificuldade respiratória). A mucosa oral vai de pálida à ictérica nos potros que sobrevivem 48 horas.
Casos muito agudos poderão evoluir à morte. É importante lembrar que fêmeas que manifestaram a síndrome não deverão amamentar na gestação seguinte. Assim é necessária fonte alternativa de colostro.
• Septicemia neonatal
É a principal causa de óbito e conseqüentemente perdas econômicas. A taxa de sobrevivência dos acometidos é baixa e quase sempre acaba por causar danos irreversíveis, infecções localizadas ou atrasos no crescimento.
As infecções podem ocorrer na vida intra-uterina ou logo após o nascimento. Após o nascimento, a causa mais comum é a falta de imunidade passiva recebida através do colostro.
Os principais sintomas são desidratação, apatia, movimentação incoordenada que podem se agravar a convulsões e morte.
• Fatores normais
Em média, 7 dias pós-parto a égua apresenta o primeiro cio, conhecido como cio do potro. Justamente nesta fase o potrinho passa por um quadro de diarréia que dura de 2 a 5 dias.
Algumas pesquisas demonstram que está diarréia é resultado de uma mudança na flora intestinal. Não há necessidade de tratamento, mas o uso de probiótico oral tem sido recomendado em alguns casos.
Após o segundo mês de vida, o potro já pode iniciar a alimentação a base de rações (concentrados), específica para a idade. Também nesta fase este já ingere feno, capim e água de boa qualidade.
Em torno de 4 a 6 meses de idade são desmamados. O que determina o período de desmame é a taxa de crescimento e a capacidade da ingestão do concentrado. Nesta fase já deve ser vacinado, vermifugado, e se necessário casqueado. A partir do desmame o potrinho já se torna praticamente um “cavalo” no que se refere às características de alimentação e comportamento.
A gravidade do quadro é determinada pela quantidade e atividade dos anticorpos absorvidos. Mais tardiamente os sintomas são: taquicardia (aumento da freqüência cardíaca), taquipnéia (aumento da freqüência respiratória) e dispnéia (dificuldade respiratória). A mucosa oral vai de pálida à ictérica nos potros que sobrevivem 48 horas.
Casos muito agudos poderão evoluir à morte. É importante lembrar que fêmeas que manifestaram a síndrome não deverão amamentar na gestação seguinte. Assim é necessária fonte alternativa de colostro.
• Septicemia neonatal
É a principal causa de óbito e conseqüentemente perdas econômicas. A taxa de sobrevivência dos acometidos é baixa e quase sempre acaba por causar danos irreversíveis, infecções localizadas ou atrasos no crescimento.
As infecções podem ocorrer na vida intra-uterina ou logo após o nascimento. Após o nascimento, a causa mais comum é a falta de imunidade passiva recebida através do colostro.
Os principais sintomas são desidratação, apatia, movimentação incoordenada que podem se agravar a convulsões e morte.
• Fatores normais
Em média, 7 dias pós-parto a égua apresenta o primeiro cio, conhecido como cio do potro. Justamente nesta fase o potrinho passa por um quadro de diarréia que dura de 2 a 5 dias.
Algumas pesquisas demonstram que está diarréia é resultado de uma mudança na flora intestinal. Não há necessidade de tratamento, mas o uso de probiótico oral tem sido recomendado em alguns casos.
Após o segundo mês de vida, o potro já pode iniciar a alimentação a base de rações (concentrados), específica para a idade. Também nesta fase este já ingere feno, capim e água de boa qualidade.
Em torno de 4 a 6 meses de idade são desmamados. O que determina o período de desmame é a taxa de crescimento e a capacidade da ingestão do concentrado. Nesta fase já deve ser vacinado, vermifugado, e se necessário casqueado. A partir do desmame o potrinho já se torna praticamente um “cavalo” no que se refere às características de alimentação e comportamento.
Nascimento de potro
Nascimento de um potro
As éguas de primeira cria ou aquelas com histórico reprodutivo problemático devem inspirar maiores cuidados; algumas vezes os seus instintos maternos são despertados somente depois que ela vê e cheira o potro recém-nascido. Entre as éguas que tenham tido outros partos e criado potros sem problemas, o número de riscos diminui muito.
Se uma égua chega à propriedade já prenha, é importante descobrir detalhes sobre o seu histórico reprodutivo: quantos potros já teve, a que tipo de maneio era submetida na altura do parto, etc. Alguns criadores adoptam a prática (errônea na opinião da maioria dos autores) do parto assistido, em que auxiliares traccionam o potro, o secam, cortam o cordão umbilical etc., sem dar tempo para que estes eventos se processem naturalmente. Uma vez habituada a este maneio, a égua poderá ter dificuldades ao parir sozinha.
É preciso verificar a presença de vulvoplastia, cirurgia correctiva em que os lábios da vulva são costurados, e que exige uma incisão no momento do novo parto.
Os sinais visíveis do parto iminente incluem a flacidez dos músculos da garupa, o inchaço do úbere, e o relaxamento progressivo da vulva. Estes sintomas podem variar, algumas éguas ficam com o úbere cheio por duas semanas, enquanto outras parem de um dia para outro com ausência de sinais prévios. A presença de "cera" nas tetas, pequenas gotículas solidificadas de secreção, costuma dar-se nas últimas 24 horas antes do parto. O melhor é começar a acompanhar a égua quando ela tiver completado onze meses de coberta, tanto para que o responsável "acostume o olho" às alterações do animal, quanto para habituar a égua à presença daquela pessoa. O observador deve ser calmo e discreto, interferindo apenas em último caso. Quando realmente se deseja acompanhar o parto, é necessário verificar de hora em hora, especialmente entre as dez da noite e as quatro da manhã.
Algumas éguas apresentam relativo desconforto, dois a três dias antes do parto, o que está relacionado com a rotação do potrinho no útero, à medida em que ele adopta o posicionamento definitivo para o trabalho de parto. A égua poderá sentir dores durante três ou quatro horas, e depois retornar ao normal de um minuto para outro, como se nada tivesse acontecido. Esta ocorrência não deve ser motivo de preocupações, porém é preciso diferenciá-la da interrupção do verdadeiro trabalho de parto, quando o primeiro estágio não é seguido do segundo. Isto pode acontecer em casos de mal-posicionamento fetal, ou ainda se as contracções forem insuficientes.
O melhor critério para avaliar se o parto está a decorrer da maneira normal é a passagem do tempo. Depois de rompidas as bolsas, por vezes rompem-se durante o parto, as pontas dos cascos devem surgir em meia hora no máximo, e a partir daí, cabeça e tronco do potro deverão estar exteriorizados em uns quinze minutos. Dores muito intensas por parte da égua, com esforço expulsivo improdutivo, são um sinal de que algo pode estar errado. A apresentação correcta é sempre dos dois cascos das mãos com as solas para baixo, logo seguidas do focinho. A apresentação diferente (apenas uma mão, um ou dois cascos com a sola para cima, focinho antes dos cascos, etc.) é sinal de um parto distócico; neste caso, a sobrevivência do potro depende da pronta intervenção do médico veterinário. Alguns mal-posicionamentos fetais podem ser corrigidos manualmente pelo profissional, especialmente se forem precocemente diagnosticados. Uma percentagem muito pequena exigirá medidas mais drásticas, como cesariana ou fetotomia.
Se o potro nascer extenuado ou fraco – por exemplo, após trabalho de parto prolongado – a cabeça dele pode ficar recoberta com as membranas da placenta, com risco de asfixia. Neste caso o observador deve intervir, rompendo as membranas com os dedos da mão, e limpando as narinas do potro. Medidas de ressuscitação incluem a infusão de ar (soprando nas narinas), e fazer massagem torácica. A égua deve ser encorajada a lamber e se comunicar com o potro.
A atitude do observador deve ser de total passividade, interferindo apenas quando houver algum problema. Nos dias anteriores ao parto, ele deverá ter habituado a égua à sua presença, porém sempre mantendo distância confortável para o animal. Esta passividade deve prosseguir nas primeiras horas após o parto, pois todos os eventos que ali se passam são essenciais para o potrinho, quando ele aprende a identificar a mãe, a princípio pelo cheiro, depois também por audição e visão. Qualquer interferência irá atrapalhar este processo, ameaçando a sobrevivência do novo ser. É importante resistir a ajudar o potrinho a levantar pela primeira vez, e a localizar o úbere da mãe. Tudo isso pode repercutir negativamente no comportamento futuro do potro, além de irritar a égua, que sem querer pode magoar o potrinho.
Considerando que a maioria das éguas pare no início da madrugada, no meio da manhã o potrinho já deverá estar seco, seguindo a mãe, e mamando sem maiores dificuldades. Neste ponto, poderão ser tomados alguns cuidados básicos como desinfectar o coto umbilical com uma solução iodada. Se a égua pariu a pasto, pode ser conduzida para a cocheira, tarefa para duas pessoas: uma levando a égua, outra delicadamente conduzindo o potro, o que é melhor feito abraçando-o do tórax até a garupa, e assim o encorajando a andar. Quanto mais os outros procedimentos importantes – por exemplo, lavar cauda e períneo da égua – poderem ser deixados para o dia seguinte, quando a égua já estiver mais calma e o potrinho mais coordenado.
A ingestão do colostro, idealmente logo na primeira hora após o nascimento e no máximo durante as primeiras 24 horas de vida, é essencial para a sobrevivência do potrinho, pois fornece os anticorpos que são responsáveis pela imunidade activa do organismo. O colostro também tem propriedades laxantes que favorecem a expulsão do mecônio, que são as primeiras fezes do potrinho, formadas durante a vida intra-uterina.
Caso haja retenção de mecônio, o principal sintoma é cólica, com o potrinho de abdômen distendido e cauda erguida. Alguns criadores, aplicam um "clister" à base de vaselina líquida, para facilitar a expulsão destas fezes, que são escuras, de partículas duras e esféricas. Diferente das primeiras fezes resultantes de ingestão de colostro que podem ser mais moles e amareladas, porém tendem logo a se assemelhar àquelas dos cavalos mais velhos. Durante o cio do potro, que as éguas apresentam no nono dia após o parto, alguns potros ficam com diarréia, a qual se relaciona às alterações hormonais reflectidas no leite produzido.
Duas horas após o parto, o potrinho deve estar em pé e mamando. Um potro anormalmente fraco pode levar mais tempo, ou não conseguir andar e mamar sem ajuda. Se quatro ou cinco horas após o parto o potrinho ainda estiver deitado, o profissional veterinário deve ser avisado, para melhor examinar mãe e filho e indicar o procedimento mais adequado.
Algumas éguas primíparas (de primeiro parto) podem ter um úbere muito sensível, resistindo às tentativas de mamar do potro, por sentirem dor ou cócegas. Isto pode cumular numa completa rejeição do potro se decorrerem muitas horas, enquanto o úbere vai ficando mais inchado. O mesmo pode acontecer se o potrinho se desgarrar da mãe, por exemplo, passando por baixo da cerca do piquete. No princípio, a contenção da égua durante a primeira mamada do potro, e depois a apresentação cautelosa de ambos, pode resolver a rejeição, entretanto, a mesma pode se tornar permanente, exigindo que o potro seja manejado como órfão. A observação à distância da égua primípara, especialmente se ela for nervosa, é a melhor prevenção, colocando-a numa baia ampla, ou num "padock" bem cercado, onde ela se sinta segura.
A égua deve expulsar a placenta uma hora após o parto. A mesma tem a aparência de um saco rosado, de consistência bastante firme, e reproduz os contornos internos do útero. É praxe examiná-la para verificar se foi completamente expulsa, ou se algum pedaço permaneceu no útero. A retenção de placenta compromete muito rapidamente a saúde e a fertilidade futura da reprodutora, exigindo atenção veterinária imediata. Uma consequência frequente da retenção de placenta é a laminite – inflamação dos cascos relacionada à toxemia provocada pela infecção uterina, e que pode ter consequências fatais.
Égua e potro devem ser deixados num "padock", sozinhos ou com o animal de companhia da égua, por cerca de uma semana ou dez dias, quando então poderão ser misturados ao resto do grupo. Sempre é bom evitar a presença de potros bem maiores ou de outros animais brincalhões ou agressivos. Se houver outras éguas que tenham parido na mesma semana, elas poderão ficar juntas desde o início. É aconselhável observar o grupo durante as primeiras horas, para ter certeza de que não haverá agitação desmedida.
As éguas de primeira cria ou aquelas com histórico reprodutivo problemático devem inspirar maiores cuidados; algumas vezes os seus instintos maternos são despertados somente depois que ela vê e cheira o potro recém-nascido. Entre as éguas que tenham tido outros partos e criado potros sem problemas, o número de riscos diminui muito.
Se uma égua chega à propriedade já prenha, é importante descobrir detalhes sobre o seu histórico reprodutivo: quantos potros já teve, a que tipo de maneio era submetida na altura do parto, etc. Alguns criadores adoptam a prática (errônea na opinião da maioria dos autores) do parto assistido, em que auxiliares traccionam o potro, o secam, cortam o cordão umbilical etc., sem dar tempo para que estes eventos se processem naturalmente. Uma vez habituada a este maneio, a égua poderá ter dificuldades ao parir sozinha.
É preciso verificar a presença de vulvoplastia, cirurgia correctiva em que os lábios da vulva são costurados, e que exige uma incisão no momento do novo parto.
Os sinais visíveis do parto iminente incluem a flacidez dos músculos da garupa, o inchaço do úbere, e o relaxamento progressivo da vulva. Estes sintomas podem variar, algumas éguas ficam com o úbere cheio por duas semanas, enquanto outras parem de um dia para outro com ausência de sinais prévios. A presença de "cera" nas tetas, pequenas gotículas solidificadas de secreção, costuma dar-se nas últimas 24 horas antes do parto. O melhor é começar a acompanhar a égua quando ela tiver completado onze meses de coberta, tanto para que o responsável "acostume o olho" às alterações do animal, quanto para habituar a égua à presença daquela pessoa. O observador deve ser calmo e discreto, interferindo apenas em último caso. Quando realmente se deseja acompanhar o parto, é necessário verificar de hora em hora, especialmente entre as dez da noite e as quatro da manhã.
Algumas éguas apresentam relativo desconforto, dois a três dias antes do parto, o que está relacionado com a rotação do potrinho no útero, à medida em que ele adopta o posicionamento definitivo para o trabalho de parto. A égua poderá sentir dores durante três ou quatro horas, e depois retornar ao normal de um minuto para outro, como se nada tivesse acontecido. Esta ocorrência não deve ser motivo de preocupações, porém é preciso diferenciá-la da interrupção do verdadeiro trabalho de parto, quando o primeiro estágio não é seguido do segundo. Isto pode acontecer em casos de mal-posicionamento fetal, ou ainda se as contracções forem insuficientes.
O melhor critério para avaliar se o parto está a decorrer da maneira normal é a passagem do tempo. Depois de rompidas as bolsas, por vezes rompem-se durante o parto, as pontas dos cascos devem surgir em meia hora no máximo, e a partir daí, cabeça e tronco do potro deverão estar exteriorizados em uns quinze minutos. Dores muito intensas por parte da égua, com esforço expulsivo improdutivo, são um sinal de que algo pode estar errado. A apresentação correcta é sempre dos dois cascos das mãos com as solas para baixo, logo seguidas do focinho. A apresentação diferente (apenas uma mão, um ou dois cascos com a sola para cima, focinho antes dos cascos, etc.) é sinal de um parto distócico; neste caso, a sobrevivência do potro depende da pronta intervenção do médico veterinário. Alguns mal-posicionamentos fetais podem ser corrigidos manualmente pelo profissional, especialmente se forem precocemente diagnosticados. Uma percentagem muito pequena exigirá medidas mais drásticas, como cesariana ou fetotomia.
Se o potro nascer extenuado ou fraco – por exemplo, após trabalho de parto prolongado – a cabeça dele pode ficar recoberta com as membranas da placenta, com risco de asfixia. Neste caso o observador deve intervir, rompendo as membranas com os dedos da mão, e limpando as narinas do potro. Medidas de ressuscitação incluem a infusão de ar (soprando nas narinas), e fazer massagem torácica. A égua deve ser encorajada a lamber e se comunicar com o potro.
A atitude do observador deve ser de total passividade, interferindo apenas quando houver algum problema. Nos dias anteriores ao parto, ele deverá ter habituado a égua à sua presença, porém sempre mantendo distância confortável para o animal. Esta passividade deve prosseguir nas primeiras horas após o parto, pois todos os eventos que ali se passam são essenciais para o potrinho, quando ele aprende a identificar a mãe, a princípio pelo cheiro, depois também por audição e visão. Qualquer interferência irá atrapalhar este processo, ameaçando a sobrevivência do novo ser. É importante resistir a ajudar o potrinho a levantar pela primeira vez, e a localizar o úbere da mãe. Tudo isso pode repercutir negativamente no comportamento futuro do potro, além de irritar a égua, que sem querer pode magoar o potrinho.
Considerando que a maioria das éguas pare no início da madrugada, no meio da manhã o potrinho já deverá estar seco, seguindo a mãe, e mamando sem maiores dificuldades. Neste ponto, poderão ser tomados alguns cuidados básicos como desinfectar o coto umbilical com uma solução iodada. Se a égua pariu a pasto, pode ser conduzida para a cocheira, tarefa para duas pessoas: uma levando a égua, outra delicadamente conduzindo o potro, o que é melhor feito abraçando-o do tórax até a garupa, e assim o encorajando a andar. Quanto mais os outros procedimentos importantes – por exemplo, lavar cauda e períneo da égua – poderem ser deixados para o dia seguinte, quando a égua já estiver mais calma e o potrinho mais coordenado.
A ingestão do colostro, idealmente logo na primeira hora após o nascimento e no máximo durante as primeiras 24 horas de vida, é essencial para a sobrevivência do potrinho, pois fornece os anticorpos que são responsáveis pela imunidade activa do organismo. O colostro também tem propriedades laxantes que favorecem a expulsão do mecônio, que são as primeiras fezes do potrinho, formadas durante a vida intra-uterina.
Caso haja retenção de mecônio, o principal sintoma é cólica, com o potrinho de abdômen distendido e cauda erguida. Alguns criadores, aplicam um "clister" à base de vaselina líquida, para facilitar a expulsão destas fezes, que são escuras, de partículas duras e esféricas. Diferente das primeiras fezes resultantes de ingestão de colostro que podem ser mais moles e amareladas, porém tendem logo a se assemelhar àquelas dos cavalos mais velhos. Durante o cio do potro, que as éguas apresentam no nono dia após o parto, alguns potros ficam com diarréia, a qual se relaciona às alterações hormonais reflectidas no leite produzido.
Duas horas após o parto, o potrinho deve estar em pé e mamando. Um potro anormalmente fraco pode levar mais tempo, ou não conseguir andar e mamar sem ajuda. Se quatro ou cinco horas após o parto o potrinho ainda estiver deitado, o profissional veterinário deve ser avisado, para melhor examinar mãe e filho e indicar o procedimento mais adequado.
Algumas éguas primíparas (de primeiro parto) podem ter um úbere muito sensível, resistindo às tentativas de mamar do potro, por sentirem dor ou cócegas. Isto pode cumular numa completa rejeição do potro se decorrerem muitas horas, enquanto o úbere vai ficando mais inchado. O mesmo pode acontecer se o potrinho se desgarrar da mãe, por exemplo, passando por baixo da cerca do piquete. No princípio, a contenção da égua durante a primeira mamada do potro, e depois a apresentação cautelosa de ambos, pode resolver a rejeição, entretanto, a mesma pode se tornar permanente, exigindo que o potro seja manejado como órfão. A observação à distância da égua primípara, especialmente se ela for nervosa, é a melhor prevenção, colocando-a numa baia ampla, ou num "padock" bem cercado, onde ela se sinta segura.
A égua deve expulsar a placenta uma hora após o parto. A mesma tem a aparência de um saco rosado, de consistência bastante firme, e reproduz os contornos internos do útero. É praxe examiná-la para verificar se foi completamente expulsa, ou se algum pedaço permaneceu no útero. A retenção de placenta compromete muito rapidamente a saúde e a fertilidade futura da reprodutora, exigindo atenção veterinária imediata. Uma consequência frequente da retenção de placenta é a laminite – inflamação dos cascos relacionada à toxemia provocada pela infecção uterina, e que pode ter consequências fatais.
Égua e potro devem ser deixados num "padock", sozinhos ou com o animal de companhia da égua, por cerca de uma semana ou dez dias, quando então poderão ser misturados ao resto do grupo. Sempre é bom evitar a presença de potros bem maiores ou de outros animais brincalhões ou agressivos. Se houver outras éguas que tenham parido na mesma semana, elas poderão ficar juntas desde o início. É aconselhável observar o grupo durante as primeiras horas, para ter certeza de que não haverá agitação desmedida.
O parto
Cuidados com a égua e o potro: o parto
O período de gestação de uma égua é, em média, trezentos e trinta dias. Durante esse período a égua deve receber alimentação adequada, vacinação, vermifugação e suplementação de acordo com a recomendação de um veterinário. O profissional deve também monitorar regularmente a gestação (por toque ou ultra-som) e indicar um programa de exercícios para a égua se manter saudável e garantir também o desenvolvimento do feto e aumentar as chances de sucesso da gestação e do parto.
Semanas antes, os cuidados com a égua devem aumentar e a rotina da mesma deve ser alterada para não haver aumento no estresse no dia do parto (com mudanças da rotina feitas de última hora).
O piquete em que a égua deve ser colocada (de preferência na companhia de um animal de boa índole) deve estar limpo, todo formado com capim, sem acidentes de relevo e com cerca de madeira. Assim, diminui-se o risco de infecção pós-parto ou acidentes com o recém-nascido. Quando o piquete é pequeno, a observação do processo de parição fica facilitado, sem que a fêmea se sinta incomodada. As “mães de primeira viagem” e as éguas com história de problemas nos partos devem ser observadas com maior freqüência durante o trabalho de parto. É sempre prudente ter um veterinário de plantão ou de sobreaviso para uma possível emergência.
O parto ocorre normalmente à noite e em local calmo, limpo e seco. Nas condições climáticas brasileiras é melhor que o parto ocorra a pasto, o que diminui os riscos de traumas físicos no potro (o que ocorre facilmente no caso de partos em baias-maternidade). Se o criador não tiver piquetes para a parição ou preferir a baia-maternidade, esta deve ser ampla, e com cama sempre limpa.
Os sinais do início de parto podem incluir sudorese, intranqüilidade, manoteamento do solo, olhar os flancos, ansiedade, contrações involuntárias dos membros posteriores e batidas da cauda sobre o períneo (região da vulva).
Um parto normal ocorre em trinta minutos (em média) após o rompimento das membranas fetais (bolsa), com o potro se apresentando com as patas da frente e logo depois o focinho. Um tempo maior que quarenta minutos ou uma posição do nascente diferente representam motivos de risco de vida para mãe e filho (parto distócico) e merecem atenção do médico veterinário.
Após o nascimento o potro já deve estar ativo, livrando-se dos restos do parto, respirando normalmente, tentando se levantar e mamar. Cerca de duas horas depois o recém nascido já deve estar de pé, mamando com freqüência e seguindo a égua. O mais indicado é que mãe e filho sejam deixados em paz, mas faz-se necessária, nas primeiras horas, fazer a desinfecção do umbigo do potro. Outras intervenções só devem ser feitas se necessárias.
O processo de parição termina quando há expulsão dos envoltórios fetais ainda remanescentes no útero. A égua deve expulsar a placenta em até oito horas após o parto e sua retenção pode causar infecção, infertilidade, laminite, toxemia e morte. É importante ressaltar que, mesmo que haja retenção, a placenta não deve ser puxada, uma vez que tal procedimento pode ocasionar lesões uterinas e até mesmo prolapso do útero (inversão do órgão para fora do corpo). Por isso é que deve haver um monitoramento profissional antes, durante e após o parto.
Outra observação é se o potro mama normalmente. A ingestão do colostro (primeiro leite da égua, rico em anticorpos) deve ocorrer nas primeiras vinte e quatro horas após o parto para que o potro adquira imunidade essencial para sua sobrevivência nos primeiros dias . Segundo o médico veterinário André Cintra, é recomendável que égua esteja na propriedade em que irá parir pelo menos quarenta e cinco dias antes do parto, para que haja tempo do seu organismo produzir anticorpos apropriados ao ambiente em que o potro irá nascer. Assim, quando o potro mama o colostro, mama os anticorpos que o protegerão contra os agentes patológicos comuns na propriedade.
Caso não haja ingestão do colostro em vinte quatro horas a absorção de anticorpos fica comprometida. No mesmo período também deve ocorrer a expulsão do mecônio (massa escura formada no intestino do potro na fase fetal). Se não houver essa eliminação, o potro pode apresentar cólicas severas.
Nas primeiras horas um profissional competente pode fazer a ambientação do potro com o ser humano e situações que serão comuns no seu dia-dia (imprinting). A necessidade desse processo não é regra e não há unanimidade entre criadores e treinadores quanto aos benefícios dessa intervenção.
Nos primeiros quatro dias o potro é considerado neonato. Ele ainda é bastante sensível e a égua tem ciúme acentuado em relação à cria, por isso qualquer intervenção na égua ou no potro deve ser feita somente se necessária e com muito cuidado. Eles devem ficar soltos em piquetes pequenos e podem dormir em baia.
Dez dias após o parto, mães e potros de idades semelhantes podem passar a integrar um único lote em um piquete maior. Daí em diante, de acordo com a fase de vida do potro, os animais passam por cuidados e alterações específicas no manejo. As principais fases da vida de um potro serão tratadas em artigos posteriores.
Vale lembrar que os cuidados relatados são gerais e, por isso, pode haver alterações no manejo da égua e do potro de acordo com a prescrição do seu veterinário. Esse profissional, que acompanhou toda a gestação, adequará os procedimentos e cuidados à sua região, condição econômica e condição fisiológica de cada animal. Assim, as chances de sucesso na criação são aumentadas uma vez que será maior o número de produtos saudáveis a serem selecionados posteriormente.
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